PRECATÓRIOS DO FUNDEF
Líderes de bancadas na Alba esperam votação sem transtornos
Grupo de professores faz manifestação na entrada da Casa Legislativa contra projeto do governo
Em noite de votação de dois projetos de lei enviados pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) para a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), um que regulamenta o pagamento da segunda das três parcelas dos precatórios do Fundo de Desenvolvimento da Educação Fundamental (Fundef) e outro que articula empréstimo da Caixa de R$ 400 milhões para o Governo do Estado, o clima promete ser de paz. É o que dizem o líder de oposição na Casa, Alan Sanches (União Brasil), e o líder do governo, Rosemberg Pinto (PT).
"Não temos problema do ponto de vista do relacionamento entre os deputados. Porque cada um defende as suas opiniões. Depois de encerrada a sessão, somos amigos", disse Rosemberg Pinto ao Portal A TARDE.
No entanto, o deputado da base de Jerônimo reconhece que alguns colegas extrapolam o código de decoro. "Em tese, não ajuda e não é bom para a democracia", conclui o petista.
Adversário político que já declarou que votará contra os projetos enviados pelo governador, Alan Sanches (União Brasil) disse também não enxergar que a exaltação possa contribuir para um bom diálogo.
"Todos aqui são homens e mulheres extremamente educados. Cada um vai defender o que acredita, cada um vai defender o que acha que é justo, mas sempre com educação, sempre com cordialidade, nada fora disso", afirma o parlamentar do União Brasil ao Portal A TARDE.
O ambiente pesado, com gritos de alguns professores que se opõem ao projeto que regulamenta o pagamento da segunda parcela do Fundef de um lado e do outro um esquema de segurança reforçado, com policiais de choque, não deve influenciar no ânimo dos deputados estaduais, acredita Sanches.
"Por mais quente que seja o ambiente, a educação e a harmonia permanecem entre os colegas", concluiu o líder de oposição na Alba.
Ânimos exaltados
Muitos professores da rede estadual reivindicam que os precatórios sejam pagos com os juros e correções do período em que eles deixaram de receber a verba do Fundef, de 1998 a 2006.
O Supremo Tribunal Federal (STF) não obriga os estados a pagarem os precatórios com os juros e correções, mas também não os proíbe. Alguns professores que não concordam com o projeto enviado por Jerônimo à Alba fizeram protestos. A segurança na casa legislativa foi reforçada com policiais de choque.
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