POLÍTICA
MP quer investigar contratos da Gautama em Ipojuca-PE
Por Agencia Estado
O promotor de Ipojuca, Miguel Sales, instaurou procedimento administrativo para investigar contratos firmados entre a Construtora Gautama Ltda e a prefeitura da cidade do litoral sul de Pernambuco. A empresa, cujo dono Zuleido Veras é acusado de liderar uma suposta máfia de fraudes em licitações de obras públicas, executa obras de calçamento de ruas, drenagem e esgotamento sanitário da Praia de Porto de Galinhas - o mais famoso balneário do Estado - desde 2003.
Segundo Sales, a iniciativa se baseou "em parte por precaução e em parte por indícios de irregularidades". Entre os argumentos alegados pelo promotor está o atraso nas obras e sua recente paralisação - pela empresa e empreiteiras terceirizadas - desde a deflagração da Operação Navalha, quando também foi preso o gerente da Gautama em Ipojuca, Ricardo Magalhães.
Há também um processo no Tribunal de Contas da União, mediante representação do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), relativo a possíveis irregularidades na aplicação dos recursos federais repassados à prefeitura de Ipojuca em 2003. O promotor solicitou informações à Polícia Federal, ao Ministério Público da União e ao TCE, entre outros órgãos.
O ex-prefeito de Ipojuca e atual deputado estadual Carlos Santana (PSDB) assegura que não há nada irregular no contrato e na execução das obras. O projeto, de 2001, foi aprovado e a Gautama venceu a concorrência oferecendo menor preço. As obras, iniciadas em 2003, foram orçadas, na época, em R$ 32 milhões. Santana afirma que a demora na execução deveu-se a atraso na liberação de recursos federais. A atual administração, do prefeito Pedro Serafim (PMDB), também considera que tudo está regular.
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