POLÍTICA
MP-SP apura participação de diretor da CDHU em fraude
Por Agencia Estado
Um esquema de fraude em licitações e superfaturamento em obras de casas populares no interior de São Paulo, desmantelado na semana passada pelo Ministério Público Estadual, pode ter ramificações no alto escalão da Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano (CDHU), do governo paulista. Três superintendentes e um diretor da empresa são suspeitos de envolvimento com a máfia, que atuaria há pelo menos sete anos e teria desviado mais de R$ 40 milhões.
O superintendente e gestor do Programa Habiteto da CDHU, Arnaldo Negri - irmão do ex-ministro da Saúde e atual prefeito de Piracicaba, Barjas Negri -, o superintendente de Obras do Interior, Antonio Carlos Trevisani, o superintendente de Orçamento e Controle, Silvio Vasconcelos, e um dos seus diretores, Eduardo Leonardo, são alvos de um pedido de inquérito policial pela Promotoria.
Ao analisar interceptações telefônicas feitas com autorização judicial desde outubro de 2006, o Ministério Público encontrou indícios de tráfico de influência e pagamento de propina aos funcionários. Os quatro estão afastados desde anteontem de suas funções. Uma sindicância foi aberta pela CDHU. Na Assembléia Legislativa, foi protocolado um pedido de CPI.
Conforme denúncia do Ministério Público, o mentor do esquema é o empresário Francisco Emílio de Oliveira, dono da empreiteira FT Construções. Com a conivência de prefeitos, vereadores e funcionários da CDHU em troca de propina, o empresário conseguiria que licitações abertas pelas prefeituras para a construção de casas populares com recursos repassados pela CDHU fossem fraudadas para favorecer a FT e empreiteiras ligadas a ela. Segundo a Promotoria de Pirapozinho e a Polícia Civil de Presidente Prudente, a máfia atuava em pelo menos 22 municípios. Na quinta-feira, 29 pessoas foram denunciadas - 9 estão presas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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