Plano de saúde da prefeitura vai custar R$ 48 milhões por ano

A prefeitura de Salvador apresentou ontem o plano de saúde dos servidores, que vai custar aos cofres municipais R$ 48 milhões por ano. O benefício vai substituir o Centro Médico Odontológico (CMO), cuja operação custou R$ 41 milhões no ano passado.

"No modelo atual, a prefeitura tinha um gasto alto. Agora teremos quase 20% de adição no orçamento, mas antes a gente tinha um gasto com algo que não funcionava", diz o secretário de Gestão, Alexandre Paupério.

Segundo ele, no ano passado nem 15% dos servidores municipais chegaram a ser atendidos no CMO, que só deixará de funcionar quando os planos estiverem em vigor.
Os servidores poderão utilizar os planos odontológicos Hapvida ou Prodent a partir de 1º de abril, enquanto o plano de saúde, que será oferecido pela Hapvida, estará disponível a partir de 1º de maio.

Credenciamento

O coordenador-geral do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador, Bruno Carinhanha, diz que os trabalhadores municipais vão buscar a reabertura do credenciamento para que outras empresas possam oferecer planos aos servidores.

"Nós lutamos desde 2010 para que se abrisse um credenciamento. Foi aberto, mas uma empresa só não vai dar conta do recado. Não temos nada contra a Hapvida, que foi credenciada, mas queremos ter a possibilidade de escolher entre ela e outra ou mudar, caso o serviço não agrade", afirma. Carinhanha lembra que nas autarquias municipais há exemplos de mais de uma empresa oferecendo o serviço.

Segundo ele, este será um dos pontos da campanha salarial dos servidores municipais, que deverá ser lançada hoje, às 9 horas, no ginásio do Sindicato dos Bancários.

De acordo com a prefeitura, para ter acesso ao plano de saúde sem carência, o servidor precisa procurar o setor pessoal do órgão no qual trabalha a partir de hoje até o dia 31 de maio.