POLÍTICA
Reabertura do comércio na capital será em três fases
Por Bruno Brito
Após anunciar que a retomada das atividades comerciais teria início em 5 de abril, em Salvador, o prefeito Bruno Reis detalhou, na manhã de ontem, através de coletiva virtual, em quais dias e horários, cada serviço vai funcionar. Neste retorno, apenas os serviços essenciais, não terão restrições de dias, já shoppings centers, centros comerciais e comércio de rua funcionarão entre terça e sábado. Por outro lado, praias, cinemas e teatros, seguirão fechados.
Segundo o gestor municipal, na capital o retorno ocorrerá através de fases. A atual, em que apenas serviços esses funcionam, é tida como fase roxa, e segue até domingo, 4. Já a segunda fase, que inicia na segunda-feira, é a vermelha, que terá abertura escalonada, fechamento em dois dias por semana e toque de recolher às 20h. Em média, os estabelecimentos funcionarão 8 horas por dia.
Com o retorno, entre segunda e sexta-feira, poderão funcionar: construção civil, das 7h às 16h; clínicas de estética e indústria, das 7h às 15h; funcionalismo público não essencial, das 9h às 16h; escritórios administrativos, contabilidade e escritórios de advocacia, das 10h às 17h; e autoescolas, das 10h às 19h.
Já de terça até sábado, poderão funcionar o comércio de rua, das 10h às 18h, com exceção dos sábados, em que esses estabelecimentos podem abrir em qualquer horário. Nos shoppings centers, centros comerciais e semelhantes, o funcionamento deve ocorrer das 10h às 19h, enquanto barbearias, salões de beleza e similares podem funcionar de 10h às 18h.
Por fim, entre quarta e domingo, estarão liberados para abertura, os bares e restaurantes, das 10h às 20h, no entanto, os estabelecimentos instalados em shoppings, devem obedecer o fechamento dos centros de compras, às 19h, exceto quando houver entrada independente. Já as lanchonetes poderão abrir de 7h às 15h.
De acordo com o prefeito Bruno Reis, a melhora no cenário da Covid-19 em Salvador foi o que assegurou o retorno das atividades, a partir de segunda. “Os números epidemiológicos da segunda onda em comparação com a primeira estão mais baixos, mas a pressão sobre o sistema de saúde estava muito maior em virtude da agressividade das novas variantes do vírus”, destacou.
Segundo a prefeitura, a abertura escalonada tem o objetivo de impedir aglomerações, inclusive no deslocamento dos trabalhadores, durante o uso do transporte público. De acordo com a titular da secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (Semdec), Mila Paes, a tomada de decisão seguiu critérios técnicos e científicos.
“Fomos pautados por indicadores epidemiológicos relativos à intensidade de transmissão e isolamento social, assim como pela capacidade instalada do sistema de saúde. Toda decisão terá seus resultados monitorados, de forma a permitir, se necessário, reação rápida na alteração das medidas implantadas”, afirmou.
Por outro lado, entre as atividades que seguirão fechadas, estão os centros culturais, museus e galerias de arte, clubes sociais, recreativos e esportivos, cinemas, teatros, espaços de eventos sociais, espaços de eventos infantis, parques de diversão e temáticos, campos e quadras públicas, centro e espaços de convenções, além de praias e parques.
Demais fases
Por outro lado, as duas últimas duas fases do plano de retomada da economia são a amarela, em que as atividades também seguirão escalonamento, mas o toque de recolher passará a iniciar às 23h, e por fim, a fase verde, que também prevê o funcionamento do comércio em dias e horários específicos, mas com o fim do toque de recolher. No entanto, essas fases não foram detalhadas pelo prefeito.
Cenário
Na oportunidade, ao justificar a permissão ao retorno das atividades, Bruno Reis também apresentou o cenário atual da pandemia em Salvador. Segundo o gestor, a média móvel de novos casos da doença, que compara os últimos sete dias em relação aos 14 dias anteriores, caiu 45%.
Além disso, houve a redução do fator RT, que indica quantas pessoas um determinado indivíduo pode infectar. Essa taxa atualmente é de 0,69, no entanto, quando este número está acima de 1 significa descontrole epidemiológico. Houve também, redução na taxa de ocupação de leitos de UTI exclusivos para a Covid-19, que está em 82% e segue em queda, segundo o prefeito. No total são 789 vagas de terapia intensiva em funcionamento, frente às 692 que haviam no ano passado.
Por fim, o prefeito sinalizou a redução no volume de pacientes em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), aguardando por regulação para leitos. Segundo ele, o dia 15 de março foi o pior neste quesito, pois 137 pessoas estavam nas UPAs aguardando regulação. Já no cenário atual, no dia 31 de março, apenas 13 pacientes estavam à espera de transferência para leitos clínicos e de UTI.
“Evitamos o colapso na saúde, embora não possa afirmar que estamos livres disso se não mantivermos o isolamento social. Porém, neste momento, este é o cenário que nos dá tranquilidade e conforto para tomar as decisões de reabertura do comércio”, disse Bruno Reis. O chefe do Executivo municipal também que Salvador se aproxima de 13% da população imunizada, com mais de 362 mil pessoas já vacinadas.
No entanto, o gestor municipal fez questão de ressaltar que, caso os números voltem a subir, existe a possibilidade das medidas de retomada adotadas, serem interrompidas. Segundo ele, embora o número de óbitos continue elevado, isso ocorre porque a redução das mortes é algo que ocorre com o tempo, no entanto, afirmou que a tendência é que os números caiam.
“Se precisar fechar o comércio novamente, iremos fazê-lo, como ocorreu no ano passado. Hoje os números estão em queda, então nos permite a reabertura. Se houver descontrole, teremos que adotar novas medidas. Caso cheguem novas cepas e variantes que acelerem os números, mas espero que com a vacinação possamos vencer e que não seja preciso retroceder”, afirmou.
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