SAÚDE
Sob Nísia Trindade, Fiocruz forneceu testes com sobrepreço de 700%
O ministério da Saúde tinha uma licitação em andamento na época que ofertava testes pelo preço bem menor
O Ministério da Saúde pagou em 2022, durante o governo de Bolsonaro, quase oito vezes a mais por testes de Covid-19, do que os valores praticados pela iniciativa privada. As informações são do colunista Rodrigo Rangel.
Comandado na época pela atual ministra da Saúde, Nísia Trindade, o ministério tinha uma licitação em andamento que ofertava testes pelo preço unitário de R$ 2,49, mas foi suspensa pouco antes da aquisição feita com a Fiocruz, por R$ 19,40 cada.
O valor fechado pelo ministério com a Fiocruz foi nada menos que 679% superior ao menor preço ofertado na concorrência. Foram comprados pelo menos 3 milhões de testes junto à fundação.
O caso foi parar no Tribunal de Contas da União (TCU). Auditores da Corte atestaram o sobrepreço e detectaram irregularidades tanto na decisão que suspendeu a licitação quanto na contratação direta dos testes assinada com a Fiocruz.
O tribunal ordenou, ainda no ano passado, a suspensão do acordo com a fundação, vinculada ao próprio Ministério da Saúde. A decisão está em vigor até hoje.
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