OPERAÇÃO O CRIADOR
Estelionatários se passavam por policiais para facilitar fraudes
Golpes causaram prejuizos de mais de R$ 2 milhões para Previdência
As duas pessoas presas durante a operação "O Criador", deflagrada na manhã de quarta-feira, 9, pela Polícia Federal, se desfaçavam de policiais para facilitar as fraudes previdenciárias aplicadas na Bahia. Os golpes causaram um prejuízo de mais de R$ 2 milhões a Previdência.
A ação foi realizada logo nas primeiras horas de quarta-feira, no município de Jequié, centro sul da Bahia. Na ocasião, os agentes da PF foram para cumprir três mandados de prisão, sendo que apenas duas pessoas foram presas. O terceiro alvo da operação conseguiu escapar e segue foragido. A PF também executou quatro mandados de buscas e apreensão e descobriram os disfarces.
Segundo a corporação, durantes as buscas foram encontrados diversos documentos falsos que indicam que as fraudes não ficaram restritas aos 8 benefícios identificados inicialmente, implicando em um prejuízo para o INSS muito superior aos R$ R$ 2.081.391,32 (dois milhões, oitenta e um mil, trezentos e noventa e um reais e trinta e dois centavos) estimados, o que possibilitou aos criminosos constituir um expressivo patrimônio, composto por pelo menos 04 (quatro) imóveis e diversos veículos, em número superior àqueles adquiridos por intermédio de financiamento com a utilização da empresa “fantasma”.
Além disso, foram encontrados diversos equipamentos que apontam que o principal investigado estava dedicado a instalar uma verdadeira “fábrica de pessoas”. Chamou a atenção ainda que na posse do principal investigado foram encontrados fardamentos, carteiras e distintivos de outras forças policiais (Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Penal), bem como armas e munições, indicando que os crimes praticados não se restringiam àqueles inicialmente investigados e que eram possivelmente utilizados para facilitar a prática das fraudes.
Ainda conforme a PF, as investigações prosseguirão com a análise de todo o material e dos equipamentos de telefonia e informática apreendidos, com a finalidade de identificar eventuais outros partícipes, além de quantificar o real prejuízo sofrido pelo INSS.
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