MATA ATLÂNTICA
Parque da Serra do Conduru será administrado por empresa privada
Farah Service venceu licitação para gestão por 30 anos e implantação de melhorias começa em 2023
Por Miriam Hermes

A implantação de melhorias na estrutura do Parque Estadual da Serra do Conduru (Pesc) deverá começar, na prática, em 2023 com a empresa Farah Service, vencedora do edital de licitação para administrar o local por 30 anos. Com 9.275 hectares de Mata Atlântica preservada, o parque abrange os municípios de Ilhéus, Itacaré e Uruçuca, na região sul da Bahia.
A primeira concessão de um parque estadual na região Nordeste foi assinado há duas semanas, como resultado de parceria entre a Secretaria do Meio Ambiente (Sema-BA) e o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).
Os dois órgãos atuaram em conjunto na estruturação do processo que culminou com a escolha da Farah, inclusive com a realização de audiências públicas para ouvir a população do entorno do parque. O compromisso é aplicar R$ 113 milhões, com revitalização e estruturação nas próximas três décadas.
Reconhecido como um santuário ecológico, com espécies raras e endêmicas e uma das maiores biodiversidades do planeta, o Pesc já tem algumas trilhas frequentadas por pesquisadores, moradores da região e turistas.
De acordo com o CEO e fundador da Farah Service, Michel Farah, embora a concessão permita a construção de um hotel no parque, bem como pontos como restaurantes e lanchonetes, “nosso foco será fortalecer a estrutura de hospedagem e alimentação que já existe nas cidades que rodeiam a reserva”, pontuou.
Ele explicou que desta forma, ao invés do turista chegar na região e ficar apenas no parque, sem interagir com o lado de fora, ele visita o parque, mas consome o serviço oferecido pela população externa. “Para o parque vamos contratar 100% da mão de obra regional. Se não tiverem pessoas capacitadas, vamos ajudar na qualificação” assegurou.
Segundo o CEO, a prioridade é aumentar o IDH na região ao redor do parque, “pois uma pesquisa aponta que 43% dos moradores do entorno ganha meio salário mínimo por mês”.
“Desenvolvemos em 36 anos de atividades, um conceito com modelo de negócio onde o público e o privado trabalhem pela cidadania, mirando os três As de sustentabilidade: Amizade, Alegria e Amor”, enfatizou.
Ainda conforme o empreendedor, as visitas continuam normalmente ao parque e não serão suspensas com a transição de administração. “Não vamos cobrar ingresso para entrar”, afirmou, salientando que a proposta é bancar os custos através de patrocínios de universidades e empresas interessadas em pesquisas.
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