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12/07/2023 às 5:15 • Atualizada em 12/07/2023 às 8:17 | Autor: Maurício Viana*

SAÚDE

Baixa procura de vacina contra HPV na Bahia preocupa

Cobertura está abaixo da meta de 80% estabelecida pelo Ministério da Saúde (MS)

Na capital, cobertura está em 46,12% (público feminino) e 18,04% (público masculino)
Na capital, cobertura está em 46,12% (público feminino) e 18,04% (público masculino) -

A cobertura vacinal contra os principais subtipos do Papilomavírus Humano, conhecido como HPV, na Bahia está abaixo dos 80% da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde (MS), registrando apenas 51,2% no público-alvo feminino e 22,74% do masculino em 2022, enquanto em Salvador está em 46,12% e 18,04% respectivamente. A situação preocupa a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e especialistas da área.

O imunizante quadrivalente, que protege para os quatro subtipos mais frequentes do vírus – 6, 11, 16 e 18 –, disponível no SUS desde 2014, é direcionado para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. A sanitarista da coordenação de imunizações da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) da Sesab, Akemi Enders, considera os dados aquém do ideal, em que apenas 68,54% das meninas e 34,55% dos meninos na Bahia e 65,83% e 29,9%, respectivamente, em Salvador tomaram a primeira dose.

“Nós sabemos que tem um problema na questão da informação para o registro adequado. Mas, é uma vacina com baixa adesão. Geralmente, os pais têm uma preocupação maior em vacinar as crianças menores. Mesmo com a faixa etária longa, eles deixam para depois e esquecem”, comenta Akemi.

A sanitarista comenta que há uma preocupação por causa do grande potencial que a vacina tem na prevenção de doenças, como o câncer de colo de útero, a terceira doença que mais mata mulheres no mundo, atrás do câncer de mama e do colo retal. Além disso, é uma forma de prevenir para outros tipos de câncer, como o genital, anal e vulvar. Para ter esse efeito, o indicado é que a vacinação seja realizada antes da iniciação sexual e da possibilidade de ter o contato com o vírus, sendo o mais cedo possível após os 9 anos, além de pessoas com HIV até os 45 anos.

Com isso, os motivos da baixa adesão, que segue uma tendência no início do ano de 2023, mesmo com os estoques em dia do imunizante, podem também estar relacionados à associação ao estímulo à iniciação sexual. Segundo Akemi, o movimento anti-vacina, em modo geral, geram dúvidas acerca da segurança dos imunizantes. “No início, quando foi implantada em 2014, alguns movimentos conservadores começaram a lançar notícias falsas sobre esse tipo de relação, que contribui para a dúvida das famílias em vacinar seus filhos. Às vezes, o adolescente já teve a iniciação sexual e vai tomar a vacina no momento que não é o ideal”.

A presidente do Departamento de Infectologia Pediátrica da Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape) e especialista em vacinas, Anne Galastri, também critica as informações falsas que geram a baixa adesão. “Nós temos a vacina disponível no sistema público e particular. No entanto, não há uma adesão adequada. Ela deve ser aplicada antes da iniciação sexual para melhores respostas. É uma vacina com nenhuma correlação com indução, vontade ou de precocidade da atividade sexual”, aponta Anne.

*Sob a supervisão da editora Meire Oliveira

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