SAÚDE
Consumo em excesso de ômega-6 pode fazer mal
Por Joyce Rouvier | Equipe Nutrição & Boa Forma | Agência Estado

As gorduras desempenham inúmeras funções no nosso organismo e seus componentes são os ácidos graxos que podem ser divididos em saturados, monoinsaturados e poliinsaturados. Dentres os poliinsaturados estão o ômega-3 e o ômega-6. Esse último pode ser encontrado na forma de ácido araquidônico ou ácido linoléico. Alguns desses ácidos graxos são essenciais, ou seja, só são obtidos por meio da dieta. É o caso do ácido linoléico. Em quantidades adequadas, o ômega-3 e o 6 desempenham papel importante na prevenção de doenças cardiovasculares, doenças inflamatórias, desenvolvimento neural, trombose, câncer e melhora na imunidade.
O equilíbrio entre a ingestão dessas duas famílias de ômega é necessário para que não haja um aumento de citocinas inflamatórias. Isso é bem comum na dieta ocidental, visto que o consumo de ômega-6 é maior do que o de ômega-3. Os alimentos ricos em ômega-6 são os óleos vegetais, o azeite, peixes de água quente, nozes, ovos, carne animal e leite. Segundo o Institute of Medicine, a razão ideal de ômega-6/ômega-3 é de 10:1 a 5:1. Um excesso de ômega-6 aumenta os níveis de eicosanóides e consequentemente, a inflamação e o risco para o desenvolvimento de doenças.
Na dieta atual, essa relação encontra-se de 15:1 a 40:1. O ácido araquidônico em excesso faz mal, mas em quantidades adequadas serve de substrato para outros eicosanóides com função antiinflamatória e antiagregante como a prostaciclina, a lipoxina A4 e ácidos epoxieicosatrienóicos, que possuem efeito vasodilatador. A relação ideal para cada indivíduo pode ser melhor estabelecida por um nutricionista, a fim de obter os benefícios que o ômega-6 nas quantidade adequadas pode proporcionar.
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