Fórmulas infantis contendo soja e o autismo

O autismo é uma aglomeração de desordens neurobiológicas complexas conhecidas como desordens de espectro autista. O cerne deste incluem prejuízos nas interações sociais e comunicação e, um comportante estereotipado repetitivo. A etiologia do autismo não conhecida, mas fatores genéticos e ambientais parecem afetar a severidade dos sintomas. Estudos com roedores demonstraram que a ingestão de soja durante um período crítico do desenvolvimento sensorial aumenta significativamente a atividade das convulsões.

A daidzeína, um fitoestrógeno da soja, foi identificada como o ingrediente promotor das convulsões em ratos. Os pesquisadores, acreditam portanto, que o uso de fórmulas infantis à base de soja podem contribuir para a incidência de convulsões no autismo e outras desordens de neurodesenvolvimento. Aproximadamente um quarto dessas fórmilas são baseadas na proteína de soja e apresentam altos níveis de fitoestrógenos, chegando a 4,5-9mg/kg/dia. Considerando o peso corporal, essas crianças estão recebendo cerca de 6-11 vezes a dose defitoestrógenos necessária para exercer os efeitos "hormonais" em adultos.

Apesar dos estudos demonstrarem esse possível efeito adverso a Academia Americana Pediátrica afirma que não há nenhuma evidência de animais, humanos ou populações infantis que as isoflavonas da soja possam afetar de forma adversa o desenvolvimento humano, a reprodução ou a função endócrina.

Referências

WESTMARK, C.J. Soy Infant Formula and Seizures in Children with Autism: A Retrospective Study, PLOS ONE, v.9, n.3, 2014.

Por Joyce Rouvier