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SAÚDE

HCRS atende crianças e jovens com função renal comprometida

Mais de 8 mil pacientes fizeram serviço de hemodiálise oferecido pelo SUS

Por Da Redação

17/07/2023 - 12:52 h
Yann, 3 anos, faz as sessões no colo da mãe Meg Silva
Yann, 3 anos, faz as sessões no colo da mãe Meg Silva -

As manhãs das segundas, quartas e sextas-feiras dos pequenos Yann e Maria Clara ainda não estão reservados para brincadeiras ou para irem à escola. Eles e mais 16 crianças precisam fazer hemodiálise três vezes na semana. O tratamento deles é realizado no Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), unidade da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) em Salvador. Além dos pequenos, a Sesab atende 8.876 pacientes que precisam do procedimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Diferente dos adultos, que têm como principais causas de comprometimento da função renal o descontrole da pressão arterial e da diabetes, nas crianças algumas das principais causas são má formação do trato urinário, infecções urinárias, glomerulopatias e desordens metabólicas. “O diagnóstico e o tratamento em crianças devem ser realizados por um médico especialista em nefrologia pediátrica”, explica a médica nefropediatra Maria Medeiros Bahia, coordenadora da Nefrologia Pediátrica do HGRS.

No caso de Maria Clara, umas das questões que a levou a precisar fazer hemodiálise foi uma infecção urinária. “Ela nasceu com uma má formação na coluna, que ocasionou outros problemas”, conta a mãe dela, Pedrina da Cruz Silva. Elas não perdem a esperança de um dia não mais precisar reservar três dias na semana para a hemodiálise. “Tenho fé que um dia farei transplante e que dará certo”, afirma Maria Clara, que chegou a fazer um transplante que não teve sucesso.

Cuidados específicos

Existem algumas diferenças entre a hemodiálise pediátrica e a hemodiálise de adultos. Essas diferenças incluem itens como material específico. Ainda que as máquinas para realização do procedimento sejam as mesmas, os filtros e linhas devem ser adequados para a faixa etária pediátrica, uma vez que as crianças necessitam de menor volume de sangue extracorpóreo processado durante a diálise.

“As crianças em hemodiálise requerem monitoramento e cuidados especiais durante o tratamento”, pontua a nefropediatra Maria Medeiros Bahia. “É importante que o tratamento de hemodiálise seja individualizado, levando em consideração a idade, o tamanho, peso, superfície corporal e a condição específica da criança.”

É esse cuidado especial que Yann Oliveira Martins recebe. Com apenas 3 anos, ele faz o procedimento deitado no colo da mãe, Meg Kettly Oliveira Silva. “Ele já teve que ficar internado por sete meses e eu sempre estive do lado dele”, conta. “Espero pelo transplante para que voltemos para Poções, nossa terra.”

Para aumentar a oferta de vagas nas clínicas de hemodiálise, o governo do Estado instituiu, em março, o Programa de Cofinanciamento Estadual na Atenção Especializada às Pessoas com Doença Renal Crônica. Com a iniciativa, houve um incremento de 25% no valor repassado às clínicas de hemodiálise. Com o acréscimo de recursos do tesouro estadual, o valor por sessão de hemodiálise passou a ser de R$ 273,08. Antes, o total ficava em R$ 218,47, repassado pelo SUS às clínicas.

Atendimento integral

No HGRS, a busca é pelo atendimento integral às crianças que fazem hemodiálise. No início deste mês, por exemplo, foi instituído um programa para dispensação de suplemento alimentar. Os menores passam por consulta com a equipe de nutrição, que verifica quais as principais necessidades nutricionais de cada um dos pequenos pacientes.

“Estamos buscando melhorar a qualidade de vida deles em casa e aqui na instituição”, afirma a diretora-geral do HGRS, Lucrécia Savernine. De acordo com ela, uma parceria com as Voluntárias Sociais da Bahia permitiu o lançamento do programa. “Estamos conseguindo fornecer o suplemento para o momento da hemodiálise e para que os pacientes levem pra casa”, explica.

Ainda de acordo com a diretora, outra ação que vai começar a ser desenvolvida é o atendimento odontólogico com a equipe do hospital.

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