SAÚDE
Hirsutismo
Por Equipe Nutrição & Boa Forma | Agência Estado
O hirsutismo é caracterizado pelo crescimento de pêlo terminal na mulher em locais típicos do homem, resultante do excesso de androgênios ou de uma maior sensibilidade dos receptores a esse hormônio. Além de constituir em um problema estético, o aparecimento ou desenvolvimento de pêlos em regiões como os lábios, mento, braços, pernas, dorso ou tórax, pode também indicar a existência de variados distúrbios médicos, incluindo a síndrome dos ovários policísticos, síndrome de Cushing, ou câncer de ovários ou adrenais.
O seu diagnóstico é realizado através do histórico clínico, escore de Ferriman-Gallway, pesquisa de sinais de hiperinsulinemia, pesquisa de galactorréia, de sinais clínicos de Síndrome de Cushing, medida do IMC e da circunferência abdominal e exame ginecológico. A investigação deve ocorrer em casos de hirsutismo moderado ou severo ou, então,
hirsutismo de qualquer grau associado a uma das seguintes alterações listadas: irregularidade menstrual e infertilidade, obesidade central, acantose nigrans, progressão rápida de aumento de pêlos e clitoromegalia.
Na maioria das pacientes, o tratamento do hirsutismo irá consistir em reduzir a produção de androgênios circulantes ou bloquear sua ação na unidade pilosebácea. Os contraceptivos orais combinados, por exemplo, bloqueiam a secreção de gonadotrofinas (FSH e LH) e elevam a globulina de fixação dos hormônios sexuais(SHBG), diminuindo a fração livre da testosterona. Os antiandrogênios atuam competindo com o androgênio endógeno pelo seu receptor ou inibindo a 5-alfa-redutase, que converte a testosterona no seu metabólito mais ativo, a DHT (dihidrotestosterona).
Referências:
FLORES. C.B et al. Hirsutismo: avaliação e princípios do tratamento, Revista da AMRIGS, Porto Alegre. v.57, n.3, p.232-239, 2013.
Por Joyce Rouvier
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