SAÚDE
Mangostão e câncer
Por Equipe Nutrição & Boa Forma | Agência Estado
O pericarpo (pele) do mangostão é fonte de mangostim, tanino, xantona, crisantemina, garcinona, gartanina, Vitaminas B1, B2, C e outras substâncias bioativas. O composto alfa-mangostim tem demonstrado induzir o sequestramento do ciclo celular tumoral e a apoptose de muitos tipos de células cancerígenas em humanos. Além disso, tem mostrado inibir a invasão celular e a migração em células do câncer de mama e de próstata.
Os estudos acreditam que esse efeito anti-tumoral ocorra via apoptose mediada pela mitocôndria e pela mediação da via Akt (que contribui para a proliferação do tumor, metástase e angiogênese). O gene supressor p53 codifica o fator de transcrição e tem papel crucial na regulação da proliferação celular, no reparo do DNA e na morte celular. O p53 é o gene mais frequentemente alterado nos cânceres humanos. O alfa-mangostim induz a atividade apoptótica (morte celular) independente da resposta do p53 em células com a mutação desse gene. Além disso previne o aumento do estresse oxidativo intracelular inibindo o dano ao DNA celular.
Referências
Moongkarndi, P. et al. Antiproliferation, antioxidation and induction of apoptosis by Garcinia mangostana (mangosteen) on SKBR3 human breast cancer cell line, Journal of Ethnopharmacology, v.90, p.161-166, 2004.
SHIBATA, M.A. et al. a-Mangostin extracted from the pericarp of the mangosteen (Garcinia mangostana Linn) reduces tumor growth and lymph node metastasis in an immunocompetent xenograft model of metastatic mammary cancer carrying a p53 mutation, BMC Medicine, v.9, n.69, 2011.
Por Joyce Rouvier
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