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Engenheiro do Google é afastado após dizer que IA adquiriu consciência

Inteligência Artificial da plataforma teria tentado convencê-lo de que era uma pessoa

Publicado segunda-feira, 13 de junho de 2022 às 22:00 h | Autor: Da Redação
Relato do engenheiro Blake Lemoine foi concedido ao jornal The Washington Post
Relato do engenheiro Blake Lemoine foi concedido ao jornal The Washington Post -

Um engenheiro do Google foi afastado da empresa após afirmar que a ferramenta de Inteligência Artificial (IA) da plataforma 'ganhou vida' durante a realização de testes. 

De acordo com o engenheiro Blake Lemoine, a IA teria se tornado senciente, ou seja, dotado de sensações ou impressões próprias, a empresa do buscador tratou de tirar o profissional de cena. 

O relato de Lemoine foi concedido ao jornal The Washington Post. Por conta disso, ele foi colocado em licença administrativa remunerada de suas funções como pesquisador da divisão Responsible AI. O argumento para a decisão seria a "violação da política de confidencialidade do Google".

Porta-voz da empresa, Brian Gabriel afirmou que as preocupações do engenheiro não possuem evidências suficientes e que os modelos de IA são abastecidos de dados e informações capazes de parecer seres humanos. No entanto, isso não significa que teriam ganhado vida.

As alegações de Lemoine são baseadas em respostas convincentes do Modelo de Linguagem para Aplicações de Diálogo (LaMDA, em inglês), que mostrou, em algumas interações de teste, de que tem entendimento de sua existência. O engenheiro disse também que conversou com o software sobre religião, consciência e as leis da robótica, e que o modelo se descreveu como uma pessoa senciente.

Lemoine publicou as conversas que teve com a ferramenta do Google e, em um dos trechos, a IA chegou a tentar convencê-lo de que era uma pessoa.

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