IBGE aponta que a Internet já é acessível em 90% das casas no país

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados pelo IBGE, apontaram que a Internet já é acessível em 90% das casas no Brasil.

De acordo com a pesquisa, o telefone celular continua sendo o principal meio de acesso à rede, em 99,5% dos domicílios. Na segunda posição, pela primeira vez, agora aparece a televisão, opção de acesso mais utilizada em 44,4% dos domicílios, alta de 12,1 pontos percentuais frente a 2019 (32,3%); e passou a frente do computador, que teve no seu uso uma queda de 45,2% para 42,2% e se encontra na terceira posição. Completa a lista o tablet, que recuou de 12,1% para 9,9% dos domicílios, no período.

Outro destaque é que de 2019 a 2021, o percentual de domicílios com conexão à internet por banda larga móvel caiu de 81,2% para 79,2%, enquanto o percentual da banda larga fixa aumentou de 78,0% para 83,5%.

A pesquisa foi do Módulo de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) abrangendo o acesso à Internet e à televisão nos domicílios e o acesso à Internet e a posse de telefone celular pelas pessoas com 10 anos ou mais de idade.

Em 2021, entre os 183,9 milhões de pessoas com 10 ou mais anos de idade no país, 84,7% utilizaram a Internet no período de referência da PNAD TIC. Esse percentual foi maior entre os estudantes: 90,3%, sendo 98,2% para os da rede privada e 87,0% para a rede pública de ensino.

O grupo de 25 a 29 anos foi o que teve maior percentual de utilização: 94,5%. Curiosamente, as pessoas com 60 anos ou mais foram a que apresentaram maior aumento, passando de 44,8% para 57,5%.

Na área rural, a proporção de domicílios com internet foi de 57,8% para 74,7%, entre 2019 e 2021, enquanto na área urbana, ela subiu de 88,1% para 92,3%. Na região nordeste do país, a internet é utilizada em 85,2% dos domicílios na zona rural e 75,8% na zona urbana.

Mudança de Comportamento

Também pela primeira vez desde o início da série histórica, mais pessoas utilizaram a Internet para conversar por chamadas de voz ou vídeo (95,7%) do que para enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail (94,9%), que era a finalidade mais frequente até 2019. Completam a lista assistir a vídeos, inclusive programas, séries e filmes (89,1%) e enviar ou receber e-mail (62%).

As comparações mais recentes são entre 2019 e 2021, pois esse módulo da pesquisa não foi a campo em 2020, por causa da pandemia de Covid-19.