TURISMO
A TARDE documenta aventura de casal pelo sudeste asiático
Por Felipe Blanco | Especial para A TARDE

Conhecer o sudeste asiático era um sonho antigo, meu e de Trini. A ideia de viajar para longe e entender como são as pessoas do outro lado do mundo, como vivem, como pensam e o porquê sempre nos pareceu incrível. Ademais, somos fotógrafos, e documentar uma viagem assim é um prazer para todo criador de imagens. Em fevereiro, encontramos uma boa oferta de Salvador para Bangkok.
Chegamos à capital da Tailândia depois de três voos de duas, treze e sete horas, respectivamente. Quando descemos do avião, sentimos que poderíamos perfeitamente estar de volta a Salvador no mais quente dos dias de verão. Um calor que ainda não havíamos experimentado na vida nos fez lamentar profundamente nossa escolha de roupas. Primeira lição: calças e camisas de tecidos grossos, nem pensar. É como nos explicaram depois. Na Tailândia só há dois climas: quente e mais quente. Temperatura superior a 40 graus é bastante comum. A gente sua feito tampa de marmita o tempo inteiro, e protetor solar é tão importante quanto água.
Depois de passar pelo controle de saúde, obrigatório para brasileiros, para checagem de vacina, seguimos para tomar o trem que nos levaria ao centro. Na mão, as direções para a casa de Um, nosso anfitrião pelas primeiras três noites em Bangkok, que encontramos pelo Couchsurfing. O que não sabíamos é que ele morava um tanto longe do centro. Uma viagem de uma hora, ou mais, considerando o trânsito desta que é uma das cidades mais engarrafadas do mundo. Mas, no ônibus, um alento. O ar-condicionado na potência máxima foi como um sopro de vida para nós, que estávamos com as pernas bambas e as roupas encharcadas.
Sorvete de coco
Partimos na manhã seguinte para o mercado flutuante de Talin Chan, um dos muitos que há por todo o país. Um mercado relativamente pequeno se comparado aos demais, porém, mais autêntico. Nos barquinhos enfileirados, cozinheiros preparam frutos do mar para famílias locais que passam o sábado por ali. Seguimos para o mercado Chatuchak. Ali, éramos parte de uma multidão de turistas aglomerados em busca de lembrancinhas e comida de rua. Uma grata surpresa foi o sorvete de coco, servido no próprio coco. O freguês escolhe a cobertura, mas nada de calda de chocolate ou caramelo. As opções incluem trigo, milho, arroz e outros ingredientes que não conseguimos identificar. Muito bom!
Escapamos de Bangkok no dia seguinte e percorremos 70 km em van até a cidade de Maeklong, onde uma incrível feira de rua funciona sobre uma linha ativa de trem! Quando um apito anuncia sua chegada, em questão de segundos os toldos são recolhidos e toda a mercadoria - incluindo baldes com rãs, verduras de todo tipo, frutas exóticas e partes indeterminadas de animais - é retirada do caminho e posta no chão, a centímetros do trem que vai passando. Logo em seguida, tudo é recolocado sobre os trilhos e retoma-se os negócios.
Almoçamos algo apimentado de nome impronunciável. Engasguei, a pimenta subiu até a ponta das orelhas e pensei que ia morrer. Mas sobrevivi, com a ajuda de uma garrafa de coca-cola com muito gelo. Recuperado, subimos em outra van e chegamos à vila de Amphawa, para conhecer outro mercado flutuante. Maior que o anterior, mais movimentado, só que tomado por hordas de turistas que tornam a experiência menos especial. Fizemos um passeio de barco pelos canais, parando em templos budistas.
Dedicamos o dia seguinte a Bangkok. Visitamos mais templos como o Wat Saket e o Wat Pho, conhecido como "templo do Buda reclinado", onde está a maior imagem de Buda em toda a Tailândia. Uma obra monumental, banhada em ouro, com 46 m de comprimento e 15 m de altura. Passamos pelo Grand Palace, que serviu de residência para a família real até meados do século passado. Saímos correndo dali para fugir da multidão, achamos um pequeno restaurante e provamos manga com sticky rice. Ainda não entendemos se é um prato principal ou uma sobremesa, mas a manga misturada com arroz feito com coco é uma delícia.
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