MERCADO
Dos biquínis aos sorvetes, negócios de verão impulsionam a economia
Faturamento cresce na alta estação, somente este mês de dezembro
Por Inara Almeida*
Que os meses de verão são a melhor época para o varejo como um todo, que deve alcançar a marca de R$ 14,3 bilhões em vendas somente em dezembro na Bahia, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e Fecomércio-BA, não é nenhuma novidade. Em meio à uma infinidade de negócios, no entanto, os comércios que são a cara do período mais quente do ano – chamado de alta estação – costumam se destacar e alavancar ainda mais o faturamento.
E para estar ligado ao verão, os negócios precisam oferecer opções de lazer para quem curte as férias e alternativas para aplacar o calorão típico do período. Lojas de roupas de banho, sorveterias, bares e restaurantes, empresas de ar-condicionado, turismo e colônias de férias são alguns exemplos de negócios que são a cara da estação mais quente do ano e vêem os números dispararem nesta época.
Para Vera Lúcia Santos, sócio-proprietária e gerente da marca de moda praia baiana Mangaba, os meses de dezembro até fevereiro são o “momento ideal” para vendas. “É nele que as pessoas viajam, curtem mais praias, piscinas, buscam se exercitar mais, curtir os esportes náuticos, aumentando, assim, a procura por artigos voltados à moda praia”, explica. Para este verão, a empreendedora espera um crescimento superior a 25% no faturamento.
O aumento da procura pelas peças começa, porém, em setembro, a partir da primavera, quando as temperaturas elevadas já começam a bater na porta dos baianos. Para este ano, a Mangaba apostou na coleção Mediterrâneo – Verão 2024, inspiradas nas ilhas banhadas pelo mar mediterrâneo, com muitas tendências de cores, estampas, modelagens que atendem a todos os gostos e corpos e uma linha especial voltada para o público kids e teen.
Estratégias de vendas
A Gelô, negócio de geladinhos gourmet, também vê o número de pedidos subirem com a chegada do calor intenso. Além do cardápio recheado com mais de trinta tipos de geladinhos, as ‘geloroskas’, mistura de sabores de frutas com vodka, chegam para completar a temporada e são a grande aposta da marca para o verão.
Lorena Carvalhal, mente pensante por trás da empresa e quem produz os ‘gelôs’, está com as expectativas lá em cima para os meses de alta temporada. No Instagram, a empreendedora não vê a hora de dar início às estratégias para as vendas de verão. “Logo após o Natal, daremos início à temporada dos geloroskas, que vai, normalmente, até fevereiro. Além disso, invisto em fotos que remetem ao verão, na praia, em piscinas, para que as pessoas que ainda não conhecem a marca, passem a conhecer”, conta.
E nada mais a cara do verão do que tomar um drink ou fazer uma refeição com vista mar. Essa experiência é oferecida pelo restaurante e beach lounge Principote, localizado no Rio Vermelho, que também conta com duas piscinas para os clientes desfrutarem. De acordo com o sócio do espaço, Rodrigo Smith, o Principote tem registrado crescimento de 20% ao mês e, para os meses de férias de verão, a expectativa é que o faturamento dobre quando comparado ao período de inverno.
“Estamos nos preparando para o verão, contratando e capacitando a nossa equipe, pois nosso objetivo é ser um destino turístico em Salvador, não só para os turistas nacionais e estrangeiros, mas também para o soteropolitano que busca um nova experiência de praia, num ambiente diferenciado, com atendimento de qualidade e boa gastronomia”, diz Rodrigo.
Empreendedores que têm o nicho focado para o verão precisam se planejar com antecedência para, além de darem conta da demanda da alta estação, não passarem aperto nos meses seguintes, destaca a consultora de negócios Carine Oliveira. “É necessário, através de planejamento, aumentar o volume, identificar o público alvo que será atingido para, assim, escalar o negócio nesse período”, destaca.
E para se sobressair em meio à concorrência, a especialista aconselha os empresários a focarem, principalmente, na comunicação. “Precisa ser clara, para que possa atingir diferentes públicos, acolher os clientes, fazer com que se sintam parte do processo. Isso fideliza a clientela”, pontua.
*Sob supervisão da editora Cassandra Barteló
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