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Festa de Iemanjá mobiliza baianos e turistas no Rio Vermelho

O dia de Iemanjá é hoje, mas desde ontem o bairro recebe movimento intenso dos que foram deixar seus presentes

Por Madson Souza

02/02/2025 - 5:00 h
história da festa data do século XX
história da festa data do século XX -

O dia de Iemanjá é hoje, 2 de fevereiro, mas desde ontem o bairro do Rio Vermelho recebe movimento intenso dos que foram deixar seus presentes para a Rainha do Mar. Enquanto alguns já se adiantaram, outros baianos e turistas se organizam para a celebração, hoje, que tem o tema ‘Renascer com as Águas de Iemanjá’ e marca 103 anos da festa.

Por conta da idade, a aposentada Ivete Silva, 81 anos, aproveitou o sábado com movimento mais tranquilo no Rio Vermelho, e foi, com seu afilhado Bruno Silva, 41 anos, deixar seu presente. “É a abertura de caminhos para a saúde, para a paz, tranquilidade, paciência, calma, tudo na vida”, conta Bruno.

Quem também aproveitou para deixar suas oferendas, ontem, foi a aposentada Edna Braga, 65 anos, que voltou a participar da festa após anos afastada. "É um ato de fé e agradecimento por mais um dia, mais um ano. Por isso vou deixar meu presente”.

Tradição

Já a assistente social Carla Maria da Hora, 42 anos, não perde o festejo e levou seu filho de 1 ano e 6 meses. "A tradição vem de família. É a fé e a devoção que me motivam a estar aqui todo ano, agora, trazendo meu filho para partilhar desse momento de agradecimento”.

Os últimos ajustes do presente ecológico de Iemanjá foram feitos, ontem, pelo terreiro Ilê Axé Iyá Olufandê. Mesmo sem revelar o presente, o ogã Elias Conceição de Oxalá garantiu cuidado na escolha dos elementos para uma oferenda que respeite a natureza e as tradições religiosas.

Presente principal

A preparação durou três semanas de trabalho intenso. Hoje, à meia-noite, foi entregue o presente para Oxum no Dique do Tororó, em seguida, o de Iemanjá partiu do terreiro, no bairro do Beiru, rumo à Colônia de Pesca Z1.

“É um momento de importância magnífica, é imensurável para quem é de axé. É uma oportunidade de expandir essa energia, de mostrar às pessoas o quão bom é você cuidar da natureza, cuidar dos orixás, cuidar daquelas forças que nos regem e que nos garantiram a existência até esse momento”, explica Elias.

Outra que estava esperando a festa é Aninha Ramos, como é conhecida a participante da festa há 40 anos, que tem o hábito de se vestir como a orixá no dia 2 de fevereiro. Ela que, por problemas de saúde, foi prometida a Iemanjá durante a infância, também cria altares dedicados à divindade. "Me vestir de Iemanjá é uma forma de expressar minha fé e respeito. É como um ritual de renovação para mim, é algo que transcende", explica.

A Festa de Iemanjá se destaca dentro de calendário baiano e brasileiro pelo fato de ser dedicada a uma divindade do candomblé, como explica a jornalista e doutora em antropologia Cleidiana Ramos, autora de estudo sobre as festas de verão de Salvador, com pesquisa baseada no Centro de Documentação de A TARDE. “Com o tempo, a festa de Iemanjá se tornou a única desse conjunto no Brasil inteiro. A única festa em que uma divindade das religiões afro-brasileiras é cultuada de forma direta. Então, é uma divindade do candomblé celebrada sem nenhum tipo de associação a uma divindade católica”.

A história da festa data do século XX, quando pescadores enfrentaram um período de escassez de peixes e decidiram fazer uma oferenda para Iemanjá. Para garantir a execução correta do ritual eles buscaram a ialorixá Júlia Bugã, líder de um terreiro ijexá.

O que começou como um ato dos pescadores com o passar do tempo se tornou uma festa que mobiliza milhares de devotos e turistas na Bahia.

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