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Direção da Polifucs explica motivos de seu fechamento

Por Nelson Barros Neto

08/02/2007 - 14:22 h

A criação em massa de instituições particulares a partir do governo Fernando Henrique Cardoso revolucionou o mercado no setor, mas já dá sinais de esgotamento. Na Bahia, a mais recente vítima é a Faculdade Metropolitana (Polifucs), que funcionava desde 1998 em Lauro de Freitas e já pediu ao Ministério da Educação (MEC) para transferir seu alunos para a vizinha Unibahia.



Para se ter idéia, dos cerca de 1.100 aprovados no vestibular 2006.1 da Polifucs, apenas 197 se matricularam, sendo que 62 deles eram bolsistas. “A situação ficou insustentável e os donos desistiram de bancar prejuízo”, conta o vice-diretor da faculdade, o economista Edson Pitta Lima.



Professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba) desde 1968, ele é claro ao explicar os problemas que provocaram o fechamento da Polifucs. “O principal foi a elevada taxa de evasão. O indivíduo entra na esperança de conseguir cursar, mas quando chega descobre que não dá”, diz, acrescentando que os gastos para uma instituição de ensino superior vão além da mensalidade.



“Muitos alunos eram de Salvador, Camaçari, e tinham despesas de deslocamento muitos altas. Hoje, para se fazer um bom curso, o sujeito precisa ter um computador em casa. Sem falar que, apesar da bibilioteca, o aluno tem que comprar alguma coisa, tirar xerox, etc. Tudo isso levou, anos após ano, ao esvaziamento das salas, inviabilizando financeira e economicamente a instituição”, complementa.



Faz Universitário - A situação vinha sendo tão complicada que mesmo estudantes do Faz Universitário teriam abandonado a Polifucs. Aliás, nem o programa do governo estadual escapa das queixas de Pitta Lima.“Tínhamos mais de 200 alunos do Faz, mas o programa sempre pagava em média com 60 dias de atraso. Já chegamos a ficar sem receber quase R$ 700 mil deles”, reclama. Através de sua assessoria de imprensa, a Secretaria de Educação confirmou o débito, “herança da gestão anterior”.



Ainda de acordo com o vice-diretor da Polifucs, esse tipo de mercado para as classes D e E está saturado, “principalmente num lugar pobre como a Região Metropolitana de Salvador. O resultado é que vários cursos privados estão desaparecendo por aí, inclusive nas faculdades mais famosas”.



Ele também aproveitou para declarar que possui “uma verdadeira ojeriza” da terceirização nos setores de cobrança. “Nossa experiência foi péssima. A empresa que cobrava não repassava para a gente”.

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