Primeiro dia do vestibular da Ufba regista 4,21% de abstenção

O trânsito movimentado em diversos pontos da cidade transformou neste domingo, 14, a rotina de uma típica manhã de domingo, em Salvador, no primeiro dia de provas da segunda etapa do vestibular 2009 da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

Do total de 14.988 selecionados para esta fase, houve uma abstenção de 4,21%, ou seja, 631 pessoas não fizeram as avaliações. O índice foi acima do registrado no ano passado, de 3,92%. Nesta etapa da seleção, os candidatos concorrem a 6.961 vagas.

Os engarrafamentos e a longa espera pelo ônibus foram os motivos alegados por Cauê de Carvalho, 21 anos, por ter perdido a prova. Candidato ao curso de educação física, ele chegou alguns segundos depois que os portões do Colégio Central, em Nazaré, foram fechados, mas não se desesperou. “Não há o que fazer. Se eu for insistir para me deixarem entrar, só vou me estressar“, comentou Cauê, conformado.

Para não ter problemas com atraso, Natália Rosa, 18, que está tentando uma vaga na Ufba pela segunda vez, chegou antes das 7 horas ao Colégio Iceia, no Barbalho, onde faria as provas para o curso de administração.

Aproveitando cada minuto antes da abertura dos portões, ela devorava o resumo do livro "O último vôo do flamingo", de Mia Couto, uma das publicações solicitadas para a avaliação de português. “Fiquei até tarde da noite estudando, mas estou bem tranqüila. A experiência do ano passado está servindo para me dar segurança desta vez“, disse.

As provas do primeiro dia da segunda fase do vestibular da Ufba foram consideradas tranqüilas por grande parte dos candidatos. “A avaliação exigiu bastante interpretação. Uma das questões pedia uma análise da linguagem virtual e seus reflexos na realidade. Foi cansativa, mas gostei bastante“, observou Raíssa Lima Nogueira, 18, que concorre a uma vaga para geografia e fez prova específica de português.

A redação, que teve como tema "Famílias brasileiras", foi bastante elogiada. “O tema da redação foi muito interessante, dá espaço para várias interpretações. Eu abordei a realidade das famílias de hoje“, revelou Rodrigo Rossi, 16, candidato ao curso de museologia.