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Vamos refletir sobre o associativismo empresarial?

Confira a coluna ACB em Foco desta terça-feira

Publicado quarta-feira, 24 de janeiro de 2024 às 07:06 h | Atualizado em 24/01/2024, 11:28 | Autor: ACB Em Foco
Paulo Cavalcanti, presidente da ACB
Paulo Cavalcanti, presidente da ACB -

“Quais serão os benefícios ao me associar e participar de uma entidade de classe, seja um sindicato, uma associação, um instituto ou qualquer outro movimento?” Esta é uma das preguntas que muitos empresários fazem ao pensar sobre aderir ao associativismo empresarial.

Para alguns, já assumimos grandes responsabilidades como administrar as nossas empresas e cuidar dos funcionários, pagar altos impostos e taxas, enfrentar legislações tributárias, ambientais e trabalhistas complexas, atender aos órgãos municipais, estatuais e federais de fiscalização e controle que constantemente buscam aumentar suas arrecadações. Tudo isso somado à natural concorrência, seja de produtos ou serviços, além de muitas vezes disputarmos o mercado de forma desleal com a informalidade.

Sim, esta é a real rotina de um cidadão que decide ser empresário no Brasil. E isso, naturalmente, leva muitos empreendedores à equivocada impressão de que só isso basta e acabam acreditando que a administração pública não é da nossa conta. Assim, transferimos totalmente esta responsabilidade para o Estado.

A falta de consciência cidadã participativa, o hábito de deixar as responsabilidades sociais nas mãos dos gestores públicos, destrói a nossa oportunidade de contribuir para a construção de um ambiente mais seguro e próspero, de promover desenvolvimento econômico e social, de criar oportunidades de emprego e geração de riquezas.

Hoje, com as discussões setorizadas, com cada segmento econômico defendendo suas próprias demandas, acabamos nos dispersando nas pautas suprassegmentais, esquecemos a nossa função social. E o pior: permitimos que o Estado e a política partidária influenciem nossas posições suprapartidárias, fundamentada em nossos direitos constitucionais.

Hoje, a classe empresarial brasileira luta pela devida valorização e direito a voz. Precisamos de um planejamento estratégico, um plano de ação que todos sabemos ser básico para se iniciar qualquer atividade econômica. Não podemos permanecer apáticos, desacreditados e, mais grave ainda, desunidos.

Temos que lembrar sempre que somos os maiores empregadores do Brasil e responsáveis pela receita pública, resultado do que pagamos em impostos e tributos. Repito: temos uma fração ideal deste país!

Os líderes empresariais precisam despertar para a sua importância associativista, trabalhar a consciência cidadã participativa entre os empresários que representam. Levá-los para as associações, sindicatos e organizações de classe produtiva a fim de realizar ações realmente transformadoras.

O momento pede que todos assumamos o nosso eu responsável, o nosso eu atitude, o nosso eu transformador. E isso precisa atingir a todos os cidadãos brasileiros. Urgentemente.

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