A vida como valor maior

Governo do Estado, Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa, Ministério Público, universidades e movimentos sociais participam da construção do PQuali, visando ampliar a proteção das equipes de segurança.

O Plano de Atuação Qualificada de Agentes do Estado visa celebrar, como valor maior, a preservação da vida no centro da política de segurança, evitando a exposição de agentes nas incursões.

A metodologia amplamente participativa inclui as análises formuladas por juízes e desembargadores interessados na pauta da cidadania, atuando os magistrados no fomento ao debate.

Não se trata de demonizar o desempenho das guarnições, sabendo-se correrem risco de morte os homens e as mulheres de distintivo; o PQuali visa construir um escudo com ajuda do setor de Inteligência.

Impossível negar, por outro lado, o quanto poderiam ser evitados óbitos verificados nas trocas de tiro, bastando uma visita à Corregedoria para averiguar a quantas andam as investigações de colegas sob suspeição.

O objetivo é o de criar condições de ruptura com um modus operandi perigoso e injusto, pois as baleadas e os baleados são atingidos, não-raro mortalmente, por projéteis disparados nos tiroteios muitos deles evitáveis.

Levando em alta conta o alcance social, o governador Jerônimo Rodrigues apresentou o documento em encontro realizado na sede do Poder Judiciário, contendo conjunto de metas e ações estratégicas já definidas.

O PQuali está contido no programa Bahia pela Paz, alinhando-se com as diretrizes estabelecidas pelo Projeto Nacional de Qualificação do Uso da Força, desenvolvido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Entre os itens de maior destaque está o treinamento para uso de equipamentos não-letais, ampliação dos registros audiovisuais gerados por câmeras instaladas nas fardas dos polícias e redução da letalidade.

A expectativa atende às condições materiais, restando o apoio psicológico para quem envolver-se nos ditos confrontos ou nas ações suspeitas de execução.