CINEMA
Arquivamento do processo de Depp contra Amber Heard é negado
Divorciados desde 2016, os artistas estão em longa batalha judicial
A juíza americana que instrui o processo por difamação movido pelo astro de "Piratas do Caribe", Johnny Depp, contra a ex-mulher, a atriz Amber Heard, negou nesta terça-feira um pedido da defesa para arquivar o caso.
A defesa de Amber havia pedido à juíza Penney Azcarate que arquivasse o processo, após os advogados de Depp manterem o caso ao longo de três semanas de depoimentos em um tribunal do condado de Fairfax, Virgínia. Eles argumentaram que Depp não conseguiu provar que foi difamado em um artigo da atriz publicado no "The Washington Post" em 2018.
A juíza declarou que as evidências apresentadas são suficientes para permitir que o caso prossiga. Amber Heard deve depor nesta semana.
o processo transcorre em um tribunal de Fairfax, perto de Washington DC. Depp nega ter abusado fisicamente de Heard, afirmando que era ela quem agia frequentemente com violência.
O ator ainda apresentou uma ação por difamação contra Heard por uma coluna que ela escreveu no jornal The Washington Post em dezembro de 2018, na qual descreveu a si mesma como uma "figura pública que representa o abuso doméstico".
Heard nunca citou Depp, mas ele a processou por insinuar ser um abusador e pede 50 milhões de dólares em danos. A atriz contra-atacou, pedindo 100 milhões de dólares e alegando que sofreu "violência física e abuso desenfreado" da parte dele.
Depp e Heard se conheceram em 2009 no set do filme "Diário de um jornalista bêbado" e se casaram em fevereiro de 2015. Seu divórcio foi concluído dois anos depois.
Os advogados de Heard perguntaram muito a Depp sobre seu consumo de drogas e álcool durante os três dias em que ele se sentou no banco dos réus.
"Se alguém teve um problema com minha forma de beber, em algum momento da minha vida, fui eu", disse. "A única pessoa de quem abusei na minha vida foi de mim mesmo".
O advogado de Heard, Ben Rottenborn, também tentou convencer o júri de sete pessoas que acompanha o caso que as acusações contra Depp eram anteriores ao artigo no The Washington Post.
Rottenborn destacou que Heard havia apresentado uma ordem de restrição temporária contra Depp em Los Angeles em maio de 2016, na qual alegou abuso e citou várias manchetes jornalísticas.
Depp respondeu que todas estas notas tentavam influenciar a opinião pública, apresentando informação falsa ou enviesada. Também diminuiu a importância da linguagem dura que usou para descrever Heard em mensagens de texto enviadas a vários amigos. "É só humor irreverente e abstrato", disse.
Depp apresentou o processo por difamação nos Estados Unidos depois de perder outro caso por difamação em Londres em novembro de 2020 que apresentou contra o jornal The Sun por chamá-lo de "espancador de esposas".
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