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Atores de O Agente da U.N.C.L.E. lançam filme no Brasil

Por Chico Castro Jr. * | Rio de Janeiro

Uma pequena multidão de fãs se aglomerou à porta do mítico hotel Copacabana Palace portando cartazes e fotos nesta segunda-feira, 24, para ver os atores Henry Cavill (O Homem de Aço) e Armie Hammer (A Rede Social), que estão no Rio em turnê de divulgação do filme O Agente da U.N.C.L.E., novo evento cinematográfico do diretor inglês Guy Ritchie (Sherlock Holmes e Snatch, entre outros filmes).
Em rodada de entrevistas para a imprensa brasileira, os galãs falaram sobre o filme e a experiência de trabalhar com o badalado diretor. "Guy é um sujeito incrível. O filme segue a máxima dele: 'Se não está sendo divertido, então você está fazendo errado", disse Henry Cavill. "Sim, tudo aqui que você vê na tela foi exaustivamente ensaiado, tivemos muitas horas de ensaio na casa do Guy", completou Armie Hammer.
Ambientado em uma Europa em pleno auge da Guerra Fria, logo após a construção do Muro de Berlim, o filme reimagina a série de TV homônima dos anos 1960, sobre dois agentes secretos, o americano Napoleon Solo (Cavill) e o russo Illya Kuryakin (Hammer), que se veem forçados a trabalhar juntos, quando uma organização criminosa obscura se torna uma ameaça tanto para os EUA e aliados, quanto para a União Soviética.
Uma típica estrutura dos chamados buddy movies (filmes de parceiros) do cinema americano, que se detestam inicialmente, mas têm de trabalhar juntos e acabam tendo respeito um pelo outro.
"Não é necessariamente um buddy movie no sentido estrito, mas se torna interessante pelo fato de que estes dois personagens se odeiam no início. Mas acabam por se respeitar, mesmo com as formas diferentes que ambos têm de abordar as dificuldades", disse Cavill.
Sobre a química demonstrada entre os dois na tela, Armie Hammer disse que foi um processo. "Não é como se eu tivesse sido apresentado a ele e dissesse: 'Sinto tanta química por você'", gracejou o mais descontraído dos dois, com a mão no ombro do parceiro.
"Mas ambos adoramos ter tido a oportunidade de fazer esse filme, ambos somos grandes fãs do trabalho do Guy Ritchie", acrescentou.
Cabelo louro
Cavill disse que sequer assistiu à série original, para poder compor seu personagem com total liberdade. "Só pegamos os nomes dos personagens originais", garantiu. "Eu só peguei o cabelo louro. Dave McCallum (o Illya Kuryakin original) era louro, então...", brincou Hammer.
Sobre a ambientação nos coloridos anos 1960, Cavill disse que "o filme tem uma certa joie de vivre (alegria de viver) típica da época, as pessoas tentavam ser mais alegres, havia uma ameaça nuclear na época, e as pessoas, ao invés de ficarem deprimidas, começaram a amar a vida, só para o caso de não haver amanhã". "E tinha LSD também", acrescentou Hammer, arrancando risos dos jornalistas.
Um ponto alto do filme é a trilha sonora baseada no subgênero spy jazz, muito dinâmica, charmosa e cheia de balanço, que inclui até uma música do baiano Tom Zé, Jimmy Renda-se. "Enquanto eu assistia ao filme, várias vezes eu ficava pensando, 'que música sensacional. Opa, o filme está passando!' Mas sério, a música é tão boa, que adiciona tanto ao filme, são músicas perfeitamente colocadas. Se você gosta de música, eu recomendo fortemente que você assista a esse filme, ou no mínimo compre a trilha sonora", disse Hammer. O Agente da U.N.C.L.E. estreia no dia 3 de setembro.
* O repórter viajou a convite da Warner
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