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CINEMA

Cineasta belga filma com delicadeza a relação de amizade entre garotos

Com 'Close', Lukas Dhont mostra as cicatrizes que proveem da perda da inocência

Por Rafael Carvalho | Crítico de cinema

04/03/2023 - 5:30 h
Meninos vão estudar em uma nova escola e acabam ampliando os horizontes e atividades
Meninos vão estudar em uma nova escola e acabam ampliando os horizontes e atividades -

A amizade entre os garotos Léo (Eden Dambrine) e Rémi (Gustav De Waele) é o grande foco de Close, novo filme de Lukas Dhont, já em cartaz nos cinemas. Ambos têm por volta de treze anos de idade e moram numa região rural do interior da Bélgica, onde se cultivam flores. Os meninos começam a estudar em uma nova escola ali perto e acabam ampliando seus horizontes ao conhecer outras crianças e se envolver em novas atividades.

Léo e Rémi são amigos até então inseparáveis, assim como suas respectivas famílias possuem boas relações de amizade. O filme registra com muito carinho essa afinidade íntima que se estabelece com muita inocência entre eles. Mas sendo um filme de formação e uma história sobre mudanças na perspectiva de mundo, algo vai entrar em tensionamento a partir daquela rotina escolar.

A proximidade entre os garotos não passa despercebida pelas demais crianças, e chega a ser invasiva a maneira como uma garota pergunta a Léo se eles dois não são um casal, já que só andam grudados. O garoto logo trata de refutar tal afirmação, mas sente o desconforto em ser visto como um garoto diferente – alguns casos de bullying também vão lhe aparecer adiante.

Mas a colocação dessa garota não é de todo estranha; é como se ela verbalizasse aquilo que certamente passa pela cabeça do espectador ao ver os dois tão juntos. Dhont filma com muita sutileza a maneira como eles estabelecem um carinho mútuo, também como forma de proteção diante de um universo novo de possibilidades e de riscos.

Mas é especialmente sobre Léo que recai um estudo de observação mais atento por parte do filme, na maneira como ele olha para Rémi ou como o toca e se aproxima do amigo. O filme nunca afirma nada categoricamente sobre essa intimidade, na medida em que até os próprios garotos não possuem uma consciência exata dos seus sentimentos. Close trabalha com os não-ditos, mas é evidente que algo se passa ali em termos emocionais, para além da confiança e da amizade mútuas.

É um cinema de delicadezas esse que Lukas Dhont faz. Seu filme anterior, O Florescer de uma Garota (disponível na Netflix), já possuía o mesmo tipo de tratamento intimista com personagens em vias de amadurecimento – ali se tratava da história de uma adolescente trans em processo de mudança de sexo.

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