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Novo “Os Caça-Fantasmas” é uma continuação aquém para a franquia

Filme estreia no mesmo ano em que a saga dos caçadores de fantasmas completa quatro décadas

Por Edvaldo Sales

10/04/2024 - 12:00 h | Atualizada em 11/04/2024 - 10:52
“Ghostbusters: Apocalipse de Gelo” estreia dia 11 de abril no Brasil
“Ghostbusters: Apocalipse de Gelo” estreia dia 11 de abril no Brasil -

A franquia “Ghostbusters” completa 40 anos em 2024. O primeiro filme, “Os Caça-Fantasmas”, é um clássico lançado em 1984, com direção de Ivan Reitman. Na história, quatro amigos, Peter Venkman (Bill Murray), Raymond Stantz (Dan Aykroyd), Egon Spengler (Harold Ramis) e Winston Zeddmore (Ernie Hudson), decidem abrir uma empresa especializada em lidar com aparições sobrenaturais. Inferior ao primeiro, “Os Caça-Fantasmas 2” foi lançado em 1989, também dirigido por Reitman.

Com personagens que marcaram os anos 1980, os filmes se tornaram duas das comédias mais populares daquela época e até hoje são referenciados. Na segunda temporada de “Stranger Things”, lançada em 2017, por exemplo, os protagonistas usam os uniformes da franquia em clara homenagem aos longas.

Em 2016, 32 anos após a primeira aparição dos caçadores de fantasmas nas telonas, um versão da história com protagonistas mulheres foi dirigido por Paul Feig e estrelado por Melissa McCarthy, Kristen Wiig, Kate McKinnon e Leslie Jones. Mesmo sendo um filme divertido e que faz jus ao legado dos originais, recebeu diversas críticas - em sua maioria, devido ao seu elenco feminino. É importante pontuar que o diretor do primeiro e do segundo longa participou como produtor.

Já em 2021, dirigido pelo filho de Ivan Reitman, que morreu em 2022, aos 75 anos, Jason Reitman, chegou aos cinemas “Ghostbusters: Mais Além”, continuação direta dos originais que, apesar de se apoiar bastante na nostalgia, se destacou o suficiente para ser considerado um recomeço para os Caça-Fantasmas. A retomada acompanha a história da filha e dos netos de Egon Spengler - cujo intérprete morreu em 2014 -, que descobrem o legado de seu avô.

>>> 'Caça-Fantasmas: Mais Além' deixa os quarentões de olhos marejados

Esse breve histórico é para mostrar como a franquia conseguiu se manter relevante e com bons capítulos ao longo dessas quatro décadas, mas, infelizmente, isso não pode ser dito sobre “Ghostbusters: Apocalipse de Gelo”, a nova aventura desse universo, na qual a família Spengler retorna para onde tudo começou - a icônica estação de bombeiros em Nova York - para se unirem com os caça-fantasmas originais, que desenvolveram um laboratório ultra secreto de pesquisa para levarem a caça aos fantamas a outro nível. Mas, quando a descoberta de um artefato antigo libera uma força do mal, os Ghostbusters antigos e os novos precisam unir forças para proteger suas casas e salvar o mundo de uma segunda Era do Gelo.

Com nomes como Paul Rudd, Carrie Coon, Finn Wolfhard, Mckenna Grace, Kumail Nanjiani e parte do elenco original de volta, como Murray, Aykroyd, Hudson e Annie Potts, “Ghostbusters: Apocalipse de Gelo” tem na quantidade de personagens um dos seus maiores problemas. São muitos e quase nenhum é desenvolvido ao ponto de fazer o público se importar. Nadeem Razmaadi, interpretado por Nanjiani, por exemplo, deveria desempenhar um papel importante na trama, mas o ator é extremamente subaproveitado e não tem tempo de tela suficiente para mostrar a que veio.

Wolfhard, que dá vida a Trevor Spengler, nitidamente não tem muito o que fazer nesse filme, ao não ser aparecer em algumas cenas descartáveis - que estão lá apenas para manter uma “tradição” - e estampar cartaz para atrair as pessoas às salas de cinema, já que ele é um dos rostos mais conhecidos da cultura pop atualmente, o que se deve ao sucesso da série da Netflix citada acima. Até o próprio Bill Murray é afetado com uma participação vazia e sem peso algum. Ele até tenta emplacar algumas piadas, que não funcionam - na verdade, quase nenhuma funciona nesse filme. Outros nomes consagrados pela franquia até têm mais espaço, mas não o suficiente para ser marcante.

O arco de Phoebe, personagem da Mckenna Grace, é o mais interessante, assim como em “Mais Além”. Ela tem uma personalidade forte e é a única que consegue ter um desenvolvimento bem feito o suficiente para criar uma conexão com o espectador. Além disso, a relação dela com uma nova personagem rende momentos que se destacam como os pontos altos do filme, mesmo desembocando no previsível. Já Paul Rudd e Carrie Coon estão operantes como o casal composto por um pai com um perfil mais apaziguador e uma mãe um pouco mais rígida. Até tentam colocar o Homem-Formiga da Marvel Studios como novo líder do grupo, mas o apelo à nostalgia gritou mais alto.

Por falar em nostalgia, no filme anterior, ela foi usada de maneira inteligente e caiu como uma luva. Isso porque o equilíbrio das homenagens com as novidades apresentadas foi bem feito e deixou uma mensagem bacana sobre legado. Porém, dessa vez, não. O que é curioso, porque, além de dirigir o novo capítulo, Gil Kenan, de “A Casa Monstro” (2006) e “Poltergeist - O Fenômeno” (2015), assina o roteiro mais uma vez, mas agora ao lado de Jason Reitman. O texto também não justifica a presença de tantos personagens e falha, principalmente, nos diálogos, pois parece que tudo precisa ser verbalizado para facilitar a compreensão do público. Ao fazer isso, Kenan e Reitman empobrecem a narrativa e a deixam menos engajante.

Uma decisão assertiva dos roteiristas foi apresentar um novo vilão e deixar de lado o Gozer, que já aterrorizou o suficiente na franquia. Garraka é a nova aposta. No papel, a ideia é interessante: um monstro imponente, de aparência esguia e assustadora, com unhas longas, chifres, olhos azuis e que pode matar pessoas congeladas. Mas, na execução, o resultado não foi dos melhores, apesar da silhueta assustar inicialmente. A sensação de que algo semelhante em relação ao visual já foi feito se faz presente sempre que ele aparece em tela, mesmo que isso aconteça poucas vezes. Esses fatores, somados à motivação fraca da criatura, o coloca na mesma prateleira do vilão do filme de 1989, que é um dos piores da saga.

Garraka é o novo vilão de “Ghosbusters”
Garraka é o novo vilão de “Ghosbusters” | Foto: Divulgação | Sony Pictures

Ao assumir a cadeira de diretor no lugar de Jason Reitman, Gil Kenan tinha uma grande responsabilidade nas mãos. Afinal, fazer a sequência de um longa que já é uma baita continuação não é fácil. Ele consegue emplacar uma cena de abertura instigante e bem dirigida, que usa as ruas de Nova York ao seu favor, mas o mesmo não se repete ao longo do filme. Falta urgência nas sequências de ação para elas funcionarem e o embate final não condiz com a atmosfera que é construída antes. Em contrapartida, nos momentos de calmaria, como na cena em que duas personagens jogam uma partida de xadrez, a condução de Kenan faz diferença ao estabelecer a conexão entre elas.

Com cinematografia e trilha sonora - assinadas por Eric Steelberg e Dario Marianelli, respectivamente - que não são marcantes e apostam no seguro, “Ghostbusters: Apocalipse de Gelo” é um dos mais fracos da franquia, ao lado de “Os Caça-Fantasmas 2”. Mesmo com algumas ideias interessantes - outras quase bem executadas -, é uma continuação aquém do esperado e que se perde com tantos personagens mal escritos, um vilão caricato e um roteiro que deixa a desejar.

“Ghostbusters: Apocalipse de Gelo” estreia dia 11 de abril no Brasil.

Assista ao trailer:

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