POLÊMICA
George R. R. Martin e outros autores processam criadora do ChatGPT
Os profissionais afirmam que o laboratório de inteligência artificial copiou seus trabalhos "sem permissão"
Por Da Redação
George R.R. Martin, John Grisham e Michael Connelly, autores de “Game of Thrones”, “A Firma” e “O Poder e a Lei”, respectivamente, formalizaram uma ação coletiva contra a OpenAI, criadora do ChatGPT nesta quarta-feira (20). Outros membros do Sindicato dos Autores tomaram a mesma atitude. As informações são do Deadline.
De acordo com o site, os profissionais afirmam que o laboratório de inteligência artificial copiou seus trabalhos “sem permissão ou consideração”. Segundo Jonathan Franzen, autor de “As Correções”, “a Inteligência Artificial Generativa é um novo campo vasto para a exploração de longa data do Vale do Silício dos provedores de conteúdo”.
“Os autores devem ter o direito de decidir quando suas obras são usadas para ‘treinar’ a IA. Se eles optarem por participar, devem então ser devidamente compensados”, continuou.
Na ação, consta que, quando solicitado, o ChatGPT da OpenAI “gerou resumos bastante precisos” de obras populares de Grisham e adaptadas para o cinema, como “O Segredo”, “O Cliente” e “A Firma”, bem como um esboço não autorizado e detalhado do próximo volume de “O Rei das Fraudes”.
Ainda conforme o Deadline, a ação judicial busca a certificação de classe, uma injunção que proíbe que suas obras sejam usadas nos grandes modelos de linguagem sem autorização. Os autores estipularam danos reais não especificados e, alternativamente, danos estatutários de até US$150.000 por obra infringida.
O uso da inteligência artificial na criação de roteiros é uma das pautas da greve do sindicato de roteiristas de Hollywood. Os profissionais pedem proteção contra o uso de IA na criação dos textos.
Outras reivindicações são: melhores condições de trabalho, aumento do salário mínimo, remuneração igualitária entre produções direto para streaming – comparada com plataformas como TV e cinema – e uma nova fórmula para tornar mais justos os “valores residuais”, nome dado aos pagamentos pelo uso de obras após o lançamento.
Com justificativas similares, em julho, o sindicato dos atores de Hollywood (SAG-AFTRA) se juntou ao WGA na greve. A paralisação conjunta das duas categorias de profissionais fez com que várias produções interrompessem filmagens e outros processos importantes. Entre as séries que foram paralisadas estão: "Stranger Things", "Emily em Paris", "Cobra Kai", "Daredevil: Born Again", "O Cavaleiro dos Sete Reinos", "Ruptura", entre outras.
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