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Joaquin Phoenix vive auge da loucura em Coringa

Por Bianca Carneiro | Foto: Divulgação

03/10/2019 - 7:47 h | Atualizada em 21/01/2021 - 0:00
Joaquin Phoenix não decepciona e entrega um Coringa letal e transtornado
Joaquin Phoenix não decepciona e entrega um Coringa letal e transtornado -

O lançamento de Batman: O Cavaleiro das Trevas, em 2008, tornou fãs e o público em geral mais exigentes com relação aos filmes de super-heróis. Comandado pelo diretor Christopher Nolan, na época, o longa trouxe além de um roteiro inteligente, escolhas acertadas para os personagens principais. Prova disso foram os inúmeros prêmios que a produção ganhou, entre os quais, o Oscar de melhor ator coadjuvante para Heath Ledger pelo seu glorioso Coringa.

Diante disso, seja para o bem ou para o mal, a atuação de Heath Ledger acabou se tornando uma das maiores (senão a maior) referência para o personagem. Que o diga Jared Leto em Esquadrão Suicida: a maioria das críticas voltadas a sua performance como o palhaço do mal continham um teor de saudosismo a interpretação de Ledger.

Assim, não era de se surpreender que a Warner escolhesse um nome forte para a sua mais nova produção que estreou nesta quinta-feira, 3. Considerado um dos melhores atores da sua geração, Joaquin Phoenix não decepciona e entrega um Coringa letal e transtornado, que apesar dos feitos terríveis, consegue inspirar no público certa dose de empatia ao provocar uma reflexão dos vilões e anti-heróis como vítimas de um sistema.

Uma das marcas presentes na mitologia do Coringa são as suas múltiplas possibilidades de origem. Desta vez, o enredo do diretor Todd Philips traz o palhaço como o comediante falido Arthur Fleck, que é desacreditado das mais diversas formas pela sociedade de Gotham City. Após se envolver em um violento episódio, o frágil Fleck começa uma sangrenta jornada até se transformar no temível Coringa.

Porém, apesar das histórias de como o vilão surgiu mudarem de filme para filme, as versões acabam se conectando em um determinado ponto: a obsessão dele por risos. Isso é trazido no filme de maneira inovadora ao atribuir essa característica a um transtorno mental (afeto pseudobulbar, que realmente existe). Joaquin Phoenix faz um ótimo trabalho dando o tom para a risada macabra de Coringa, e consegue até mesmo mudar e brincar com vários tipos dela conforme a emoção da cena.

Não é a toa que Phoenix já figura como favorito ao Oscar. Todos os atores que já vestiram a pele de Coringa - Cesar Romero, Jack Nicholson, Heath Ledger e Jared Leto - tiveram essencialmente que colocar a loucura na interpretação, já que esta é uma característica essencial do personagem. No entanto, por neste caso Coringa ocupar realmente o posto de protagonista da trama, o artista foi ainda mais a fundo, e aproveitou toda a excentricidade do personagem para colocar seu talento em cena. Ele vai de dor à prazer, com uma facilidade enorme e humaniza o criminoso de uma forma até então não vista.

Isolamento

Embora não deixe de mencionar o próprio Batman e fazer algumas referências bem sutis, não adianta procurar pelo Coringa de Phoenix nas futuras adaptações da DC no cinema, pois, o filme é uma obra independente. Talvez seja justamente por isso que ele se destaca ao não ter medo de ousar e fugir aos clichês das produções de super-herói.

Isso pode inclusive, representar um problema para quem toma a franquia Vingadores, da Marvel, como referência. Coringa é um filme com bem menos ação. A proposta é mergulhar no psicológico do vilão, escutá-lo, e consequentemente presenciar as transformações que estão ocorrendo dentro dele. Quando a adrenalina vem, é feita de forma agressiva para brincar com o emocional do espectador. Para os que se dispuserem a topar esse desafio, o ritmo e o tempo não irão desagradar.

Focando no seu principal personagem, o Coringa, o filme traz uma grande reflexão sobre os limites da convivência em sociedade. As críticas do palhaço ao modo em como as pessoas tratam umas às outras e às negligências vindas das divisões de classes não deixam de ser atuais. No final das contas, apesar de se juntar ao hall de mais uma adaptação, o Coringa de Joaquin Phoenix é único em sua proposta de fazer adentrar a personalidade do vilão.

Coringa já está em cartaz nas salas de cinema de Salvador. Clique aqui e confira as sessões disponíveis na capital baiana.

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