POLÊMICA
"Nunca houve buscas", dispara diretor de Titanic sobre submarino
Para James Cameron, procura por sobreviventes não passou de uma "farsa prolongada"
Por Da Redação
O diretor do filme "Titanic", de 1997, que reconta a história de um dos mais famosos naufrágios já registrados, ocorrido em 1912, criticou duramente o que chamou de farsa nas operações de resgate do submersível que explodiu no fundo do mar, após pane eletrônica.
O Oceangate levava passageiros para um passeio turístico na mesma região onde se encontram os destroços do Titanic. Cameron fez 33 mergulhos para avistar os destroços do Titanic durante a produção para o filme e disse que "não teve dúvidas" sobre a morte dos passageiros assim que soube do acidente. "Eu sabia a verdade na manhã de segunda-feira", disse na sexta-feira, 23.
Segundo o cineasta, a operação de busca não passou de uma "farsa prolongada", disse em entrevista à emissora britânica BBC. "Para mim, não havia dúvida. Eu sabia que o submersível estava exatamente abaixo de sua última posição conhecida, e foi exatamente onde eles o encontraram", afirmou.
"Não houve buscas. Quando eles finalmente conseguiram um ROV [sigla inglesa para "veículo subaquático operado remotamente"] lá embaixo que poderia atingir a profundidade, eles o encontraram em poucas horas. Provavelmente dentro de minutos", especula Cameron, que aponta falhas no planejamento da viagem. "A parte eletrônica do submersível falhar, o sistema de comunicação falhar e o transponder de rastreamento falhar simultaneamente é porque o submersível se foi", disse ele.
O submersível Titan desceu ao fundo do mar às 8h de domingo, 18, no horário local. Mas foi apenas na quinta-feira, 22, que a Guarda Costeira dos Estados Unidos anunciou ter encontrado seus detritos no fundo do oceano. As autoridades disseram, então, que as cinco pessoas a bordo morreram após uma implosão.
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