Retrospectiva Cineinsite: 10 filmes que marcaram o ano de 2019

O ano de 2019 foi bastante lucrativo para os cinemas. Com destaque para os super-heróis e as produções nacionais, o momento foi também de dar adeus (ou relembrar) algumas franquias famosas. Da ação ao terror, passando também pela ficção científica, o Cineinsite A TARDE recapitula 10 produções que fizeram história em 2019. Que rufem os tambores!

10) Rambo: Até o Fim

Desde 1982 quando foi lançado, Rambo se consagrou como um símbolo de heroísmo. A história do ex-combatente John Rambo perpassou gerações e se despediu (até agora) com Rambo: Até o Fim. Outro sucesso dos anos 80, a franquia O Exterminador do Futuro também ganhou mais um capítulo com Destino Sombrio lançado neste ano.

Ambas as continuações não foram muito bem aceitas pela crítica. Rambo, inclusive ficou em um grupo dos dez piores filmes do ano, segundo o The Hollywood Reporter. No entanto, eles merecem ser lembrados por compor tais universos clássicos.

Imagem ilustrativa da imagem Retrospectiva Cineinsite: 10 filmes que marcaram o ano de 2019 — **Filme marca a despedida de John Rambo, personagem icônico de Sylvester Stallone | Foto: Divulgação**

9) It: A coisa - Capítulo 2

Sucesso de bilheteria, o primeiro capítulo do terror dirigido por Andy Muschietti, em 2017, deixou o público ansioso para a parte dois. Apesar de não ser tão bom como o seu antecessor, It: A coisa - Capítulo 2 consegue finalizar bem a história do Clube dos Perdedores. De novo, a maior lição que fica é a importância da amizade e de traumas bem reais como bullying, homofobia e assédio sexual, que no fim das contas, acabam passando longe do sobrenatural.

Leia a crítica de It: Capítulo 2 aqui.

8) Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw

Mal visto pela crítica, mas amado pelo público, o spin-off de uma das maiores franquias da atualidade dividiu opiniões. No entanto, a produção foi uma das maiores bilheterias do conjunto Velozes e Furiosos. Para além do enredo que fala sobre os ex-inimigos Hobbs e Shawn em uma missão para salvar o mundo, o público também acompanhou de perto as críticas feitas pelos astros regulares da franquia, Vin Diesel (Dominic Toretto) e Tyrese Gibson (Roman Pearce) à produção. A polêmica terminou com The Rock sugerindo que haverá um Velozes com todo o elenco.

7) Toy Story 4

O ano foi de despedida para a turma de Woody e companhia, pelo menos, na configuração de turma como conhecemos. Emocionante, Toy Story 4, volta a falar de mudanças, desafios e maturidade, mas sem deixar de causar lágrimas. Muita gente ficou contrariada com o novo capítulo, visto que Toy Story 3 conseguiu encerrar a história de maneira perfeita, porém, o filme abre uma porta para o futuro dos brinquedos.

6) Turma da Mônica: Laços

Um filme que contasse as aventuras da turminha mais famosa do Brasil, que também é conhecida em boa parte do mundo, já era um sonho antigo dos fãs das obras de Maurício de Sousa. O filme agrada tanto o moderno e exigente público infantil, como nós, adultos que crescemos nos divertindo com Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali. A produção foi tão bem recebida que já ganhou uma sequência: Turma da Mônica: Lições.

5) Bacurau

2019 foi definitivamente um grande ano para o cinema brasileiro. Contrariando projeções desfavoráveis trazidas por crises envolvendo a Ancine e o presidente Jair Bolsonaro, a indústria cinematográfica brasileira trabalhou a todo vapor e entregou não só um, mas, dois filmes dignos de serem oscarizados: Bacurau e A Vida Invisível.

Apesar de A Vida Invisível ter sido escolhido para representar o Brasil na premiação (e não ter conseguido passar na pré-lista), Bacurau também tem os seus méritos. O misto de ação, suspense e faroeste de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles faz uma crítica pertinente a problemas sociais sem perder de vista a criatividade. Em uma época em que a maioria das produções são essencialmente remakes, reboots, spin-offs ou baseadas em livros, contar com um roteiro original e que faz bonito inclusive em prêmios internacionais (Bacurau foi o segundo filme brasileiro a conquistar o Prêmio do Júri no Festival de Cannes) é certamente uma vitória para nosso cinema.

Leia a crítica de A Vida Invisível aqui.

4) Coringa

Após fracassos seguidos como Esquadrão Suicida e Liga da Justiça, o universo cinematográfico da DC Comics parece estar se recuperando. Depois de Aquaman, lançado em 2018, veio o ótimo, porém controverso, Shazam, mas sem dúvidas, o maior destaque do ano é o imperdível Coringa.

Com uma atuação impecável de Joaquin Phoenix - da qual se espera no mínimo a indicação ao Oscar -, o longa que traz uma das versões do palhaço do mal debate o tratamento que a sociedade dá à pessoas com problemas mentais, além dos limites da convivência social. Neste sentido, a DC desbanca a sua grande rival, Marvel, por apresentar uma narrativa que embora pertença a um universo de super-heróis, ousa, e foge de todos os clichês do gênero. Ótima estratégia, pois quem assiste Coringa acaba esperando por uma continuação ou outro longa no mesmo nível, e para isso, personagens interessantes é o que não faltam na DC.

Leia a crítica de Coringa aqui.

3) O Rei Leão

Nos últimos anos, a Disney começou a investir bastante em live-action. Com isso, não demorou muito que uma produção neste estilo de O Rei Leão fosse anunciada. Para dar vida as desventuras vividas na Pedra do Rei, o diretor Jon Favreau investiu em tecnologia pesada e na nostalgia da animação de 1994. Outro ponto importante foi a presença de artistas de peso como Beyoncé na dublagem da leoa Nala.

O remake dividiu opiniões. De um lado fãs da animação não ficaram contentes com o excesso de realismo dos animais, afirmando que isso prejudicava as emoções das cenas principais. Do outro, as mudanças foram aprovadas. As discordâncias no entanto, não chegaram a prejudicar a bilheteria.

Não tão esperado, mas bem repercutido, Aladdin foi outro live-action da Disney que estreou neste ano. Quanto a aceitação, infelizmente não se pôde dizer o mesmo de Dumbo, um dos únicos da produtora que voou longe do sucesso.

Leia a crítica de O Rei Leão aqui.

2) Star Wars: Episódio IX - A Ascensão Skywalker

O ano também foi de despedida para a aclamada franquia Star Wars, que encerra a saga épica - já são 42 anos - de nove filmes do universo de Luke Skywalker e Darth Vader. A força (com o perdão do trocadilho) da franquia criada em 1977 por George Lucas é imensa, prova disso é o recorde de vendas já na pré-bilheteria, que ultrapassou em 45% o volume de vendas de Vingadores: Ultimato. Apesar do tom de adeus já implícito no trailer, nem tudo é tristeza para os fãs. É bem provável que mais spin-offs ou prequels sejam lançados nos próximos anos.

1) Vingadores Ultimato

Não deu outra: o primeiro lugar da lista é do longa Vingadores: Ultimato. O filme superou o seu antecessor Vingadores: Guerra Infinita, e não só isso, ultrapassou os recordes de Avatar como maior bilheteria do cinema. É fácil explicar tamanho sucesso, pois estamos falando da conclusão de uma história que durou 10 anos, sendo uma das responsáveis por consolidar o “gênero” de super-herói como um (senão o mais) dos mais populares da atualidade.

Antes de chegar às salas, o “esquenta” começou com Capitã Marvel, primeira super-heroína da Marvel a ganhar um filme próprio - a próxima já tem data marcada: Viúva Negra chega em maio de 2020. E quem disse que o “hype” terminaria depois da estreia? Homem-Aranha: Longe de Casa conseguiu lotar as salas com milhares de espectadores curiosos para saber o que aconteceria no universo fictício após os eventos de Ultimato. Não bastasse isso, houve ainda um relançamento do com a inclusão de cenas extras, algo que reacendeu os ânimos dos fãs mais ferrenhos e pouco preocupados se assistiriam quase quatro horas de filme.

Com tanta atenção, o filme também acabou alvo de críticas de grandes diretores do cinema de arte como Martin Scorsese, que chegou a dizer que o que a Marvel fazia não era cinema. No entanto, a discussão não parece afetar nem um pouco a gigantesca legião de fãs que, órfãos da franquia Vingadores, movimentam redes sociais e eventos nerds, já em busca dos próximos desdobramentos do UCM.