CINEMA
Terror e religião: 'Imaculada' vai além do clichê; leia a crítica
Filme consegue se destacar em meio a um gênero batido
Por Da Redação
Um dos maiores clichês na indústria dos filmes de terror são as histórias protagonizadas por freiras. Normalmente ambientadas em conventos, este tipo de trama vem dominando o gênero de alguns anos para cá. Porém, depois de tantos lançamentos que abordam a mesma premissa, fica cada vez mais complicado de se reinventar dentro desse cenário. Porém, o longa Imaculada topou o desafio.
A produção chega aos cinemas nesta quinta-feira, 30, e acompanha Cecília (Sydney Sweeney), uma jovem freira que começa a presenciar acontecimentos estranhos depois de se mudar para um convento na Roma.
O primeiro ato da obra segue igual a todas as outras com a mesma temática, sendo até um pouco genérica. Porém, as coisas começam a mudar quando a protagonista fica grávida repentinamente e sem ter se relacionado com algum homem.
Fazendo um paralelo com a origem de Cristo, o filme tenta dar uma nova roupagem a esse acontecimento “sobrenatural”, explicando que essa gravidez não era apenas “coisa do demônio”.
Não parando por aí, a obra também apresenta uma protagonista que foge do esperado desse tipo de filme. Sydney Sweeney transborda carisma e sua personagem consegue fazer bem mais que só correr.
A sequência final, diferente do início previsível, consegue ser bem original e diferente. A direção adota um teor mais brutal e as cenas envolvendo mutilação se tornam bem explícitas. Isso casa bem com o ritmo mais acelerado que a produção adota no último ato, com a protagonista tendo que lutar por sua vida.
E luta muito bem, diga-se de passagem. Cecília se torna uma “final girl” que parece ter saído da saga Evil Dead — com direito a um visual coberto de sangue.
Assim como era esperado, a produção é uma grande crítica ao fanatismo religioso. O diretor Michael Mohan acerta ao flertar com o sobrenatural, mas nunca o abraçando por completo.
Uma prova disso é quando a protagonista se vê diante de uma criatura monstruosa, mas a produção nunca mostra sua aparência para manter o clima de tensão lá no teto.
Imaculada não é o terror mais original do mundo, mas, dentro da temática da qual faz parte, ele consegue se destacar. A obra toma algumas decisões interessantes que o fazem ser diferente de outras produções, mostrando que ainda dá para inovar dentro de algo que está atualmente saturado.
Sidney Magal fervendo o cinema
As salas de cinema do país também vão ser dominadas pelo ritmo de Sidney Magal. Nesta quinta, 30, estreia o filme Meu Sangue Ferve Por Você, cinebiografia que conta a trajetória de Sidney até se tornar um dos artistas mais conhecidos do Brasil.
Com um requebrado inconfundível e músicas que marcaram época, o cantor está sendo vivido pelo ator Filipe Bragança, que arrasa no papel e consegue ser uma representação idêntica ao Magal jovem.
A trilha sonora também recebe destaque, com direito aos maiores clássicos do músico. Outro ponto alto da obra é o figurino, que consegue transmitir toda a essência e extravagância que se espera de uma representação de Sidney Magal.
O filme também destaca o início do relacionamento do cantor com sua esposa Magali, com quem é casado até os dias de hoje. O romance é bem trabalhado, mas ainda deixa espaço para a história que o filme quer contar.
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