CINEINSITE
Um Espião e Meio vale pelo carisma dos protagonistas

Por Bruno Porciuncula

Um filme no qual é formada uma dupla entre um agente secreto e um civil não é original. Mas quando a dupla é Dwayne "The Rock" Johnson e Kevin Hart, a coisa fica bem divertida, como é possível ver em Um Espião e Meio, que chega aos cinemas brasileiros.
Bob Stone (The Rock) era um gordinho que sofria bullying, enquanto Calvin Joyner (Hart) era o aluno exemplar, com notas ótimas e popular. Quando Stone é ridicularizado, Hart é o único que o defende. Após 20 anos, o ex-gordinho ganha o corpo real de The Rock, ou seja, puro músculo, e é um agente secreto da CIA, enquanto Joyner tem uma vida simples como contador.
Stone procura Jayner para recuperar uns códigos de um leilão que apenas um contador experiente consegue enxergar. Mas, além deles, há a CIA, que acredita que Stone é um agente traidor, o que transforma a vida de Joyner em um verdadeiro inferno.
Dupla afiada
O filme não tem cenas memoráveis, nem cenas de ação inesquecíveis - apesar de uma, em particular, no escritório, ser bem movimentada e coreografada -, mas o que diverte em Um Espião e Meio é a performance da dupla protagonista.
Dwayne, que é uma montanha de músculos, tem momentos de ternura e violência que divertem. Já Hart é um posso de ansiedade e nervosismo. Essa diferença de personalidade é o que dá a graça ao longa.
Há ainda participações especiais e divertidas de Aaron Paul (o eterno Jesse Pinkman, de Breaking Bad), Jason Bateman e Melissa McCarthy, que dão um molho à receita da comédia.
O diretor Rawson Marshall Thurber (dos ótimos Com a Bola Toda e A Família do Bagulho) mostra que tem o timing da comédia, contando a história - bem confusa - com habilidade.
Um Espião e Meio é uma comédia pouco marcante, mas os 107 minutos de projeção são muito divertidas.
Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.
Participe também do nosso canal no WhatsApp.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes



