IMPRESSÕES
Velozes e Furiosos volta ao Brasil em um empolgante início do fim
Cineinsite A TARDE já assistiu ao filme que estreia amanhã e traz suas primeiras impressões
A franquia Velozes e Furiosos chegou ao seu décimo filme como uma das maiores da história do cinema. Nesta avaliação não entra o mérito das qualidades técnicas ou do seu impacto para a indústria, mas a capacidade de mobilizar um grande público. O novo filme estrelado por Vin Diesel e grande elenco irá estrear nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 18, mas já foi visto pela reportagem do Cineinsite A TARDE, que traz as suas primeiras impressões.
Com uma longa história na franquia iniciada em 2001, Velozes e Furiosos X é antes de tudo uma grande homenagem à sua própria história. Diferente do longa anterior, agora a equipe de Dominic Toretto (Vin Diesel) não precisa evitar alguma tecnologia apocaliptíca, mas sim lutar pela sobrevivência após serem alvos de uma vingança, que vai além da morte, com o vilão interpretado por Jason Momoa, buscando fazê-los sofrer.
Para o público brasileiro, responsável por boa parte da bilheteria da franquia, a grande novidade é o retorno ao Rio de Janeiro (como revelado no pôster oficial), que foi palco do quinto filme. A visita ainda conta com uma participação da cantora Ludmilla. No Brasil, a relação entre Toretto e o vilão se desenvolve e todo o passado retorna para assombrar o protagonista.
Nesse ponto Velozes e Furiosos X repete os acertos e erros do quinto filme. Quem assistir o fime com áudio original vai até mesmo se constranger com o uso do 'portunhol' falado pelos supostos brasileiros. Além disso, a representação do país segue pobre e estereotipada, mostrando pouca relação com a realidade.
Velozes e Furiosos X, além de ser uma grande homenagem a própria franquia, segue com as mesmas falhas: momentos de humor fora de hora, atuações caricatas, furos de roteiro e resoluções sem sentido. Só que também mantém todos os acertos que levam o público a lotar as salas de cinema. Estão lá momentos em que a comédia funciona, ação sem fim, as perseguições, corridas, tiros, e, claro...as cenas "mentirosas".
Mas definitivamente, o grande acerto de Velozes e Furiosos X está em criar problemas aos seus protagonistas, agora sem dinheiro próprio, separados pelo destino em histórias separadas - que lembra Vingadores: Guerra Infinita -, e sem os recursos de 'A Agência", que os colocaram em posição de super-heróis nas histórias anteriores.
Do outro lado, encontram um vilão que não que controlar o mundo - como ele mesmo diz-, mas apenas criar o caos e sofrimento na sua busca por vingança. O vilão é, inclusive, um grande acerto. O enorme Jason Momoa não vai para o embate físico com Toretto, como todos os outros, mas sim briga com o seu emocional, impõe sarcasmo, sociopatia e loucura, em inspiração clara ao "Coringa", de "Batman, o Cavaleiro das Trevas". O personagem é caricato, mas com intenção.
Nas mais de duas horas do filme, a ação é empolgante e convicente na maior parte do tempo, mesmo com os exageros já criados pela franquia, e que, afinal, dão alma aos longas. Também retornam as cenas de lutas, em que as personagens femininas ganham destaque, como Letty (Michelle Rodriguez) e Cipher (Charlize Theron). O elenco ainda tem a adição de Brie Larson e um retorno inesperado.
É nesse sentido que o décimo filme abre caminho para o fim da bilionária franquia, como o primeiro de uma trilogia (de acordo com Vin Diesel). O final é diferente de todos os outros, em um movimento ousado para dar o sentimento de continuidade. Velozes e Furiosos X convence dentro do universo que está inserido, empolga e entretém. Vale a pena ir ao cinema.
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