POLÍTICAS AMBIENTAIS
Estudo aponta baixo investimento na qualidade do ar
Cada dólar gasto no controle da poluição atmosférica rende cerca de 30 dólares em benefícios, diz relatório
Por Da Redação
O relatório "Estado do Financiamento da Qualidade Global do Ar", acompanhado pelo WWI, mapeia o panorama do financiamento da qualidade do ar, apresentando as principais tendências nos fluxos de financiamento do desenvolvimento internacional e identifica como e onde os doadores podem maximizar seus recursos dentro dos princípios da governança socioeconômica e ambiental (ESG). Essa análise ajuda a criar transparência e fornece uma base factual para decisores políticos e financiadores.
O objetivo é acelerar o progresso em matéria de ar limpo e deter os danos que o ar tóxico inflige à nossa saúde, ao clima e à economia. Ao investir em ar limpo, os doadores podem salvar vidas. Eles também podem desbloquear o desenvolvimento sustentável e tornar possível um planeta habitável. Desde o investimento em um plano de eletrificação dos transportes públicos em Calcutá, na Índia, ao apoio à transição da África do Sul para longe da energia alimentada a carvão, o relatório ilustra como os doadores já estão fazendo a diferença. Em última análise, esses investimentos compensam, como constataram os EUA: cada dólar gasto no controle da poluição atmosférica rende cerca de 30 dólares em benefícios econômicos.
Apesar disso, muitos doadores internacionais ainda ignoram e subfinanciam projetos que abordam o ar tóxico. Tal como o relatório revela, apenas 1% do financiamento internacional para o desenvolvimento (US$ 17,3 bilhões) e 2% do financiamento público internacional para a luta contra o clima (US$ 11,6 bilhões) foram expressamente comprometidos na luta contra a poluição atmosférica nos últimos seis anos.
Os dados mostram um declínio no financiamento para projetos de prolongamento de combustíveis fósseis desde 2019. No seu pico, naquele ano, cerca de US$ 11,9 bilhões de financiamento internacional para o desenvolvimento foram canalizados para projetos de combustíveis fósseis, ameaçando tanto a causa do ar limpo como a concretização dos objetivos climáticos globais. Em 2021, pela primeira vez, o financiamento internacional para o desenvolvimento de projetos de qualidade do ar exterior (US$ 2,3 bilhões) excedeu o financiamento para projetos de prolongamento de combustíveis fósseis (US$ 1,5 bilhão).
O impulso crescente segue o compromisso de redução gradual da energia alimentada a carvão na COP26, entre outros fóruns. Para que esta tendência continue a diminuir, os governos na COP28 precisam de chegar a acordo sobre estratégias claras para a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis e a transição para fontes de energia mais limpas de forma justa e equitativa.
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