Siderurgia tem papel central na redução de gases do efeito estufa

A indústria siderúrgica é uma das principais contribuintes para a poluição global de carbono, respondendo por 7% de todas as emissões de gases de efeito estufa. Se as tendências atuais continuarem, a indústria siderúrgica deverá consumir até 25% do orçamento restante de carbono estipulado para que o limite de aumento de 1,5°C da temperatura média do planeta não seja ultrapassado até 2050. Estratégias para a transformação energética desse setor são, portanto, fundamentais para a redução das emissões globais de gases de efeito estufa, mas requerem ação imediata de todas as partes interessadas.

O Steel Emissions Reporting Guidance foi lançado para ajudar a calcular as emissões totais da cadeia de fornecimento de aço. A orientação fornece informações essenciais para garantir que se possa medir e relatar com precisão suas emissões, bem como atender à demanda por aço com baixas emissões incorporadas - como a produção com hidrogênio verde - e diferenciar as reduções de emissões de minério e produção de sucata. A orientação é desenvolvida em parceria com o Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD).

O aço é um material infinitamente reciclável. No Brasil, a Gerdau, por exemplo, transforma milhões de toneladas de sucata reciclada em novos produtos siderúrgicos. A maior parte da sucata vem de materiais descartados. Os materiais reciclados dos processos de produção de automóveis, embalagens e eletrodomésticos vão todos para a criação de novos produtos de aço.

Você sabia?

- Produzir aço a partir de sucata reduz a quantidade de material depositado em aterros.

- A utilização de sucata de aço como matéria-prima reduz o consumo de energia no processo produtivo e minimiza as emissões de CO2.

- A reciclagem da sucata também é ótima para a economia, pois gera empregos para milhares de pessoas por meio de uma extensa cadeia de operações de coleta e beneficiamento da sucata.

Atualmente, são exploradas diferentes maneiras de alavancar a transparência e a comparabilidade das emissões para informar as decisões de compra de aço verde, apoiando o desenvolvimento de um mercado de aço com baixas emissões. Projetos-piloto estão sendo lançados para testar a viabilidade e integridade da orientação contábil, para troca de dados e uso, bem como para identificar desafios de aplicação e determinar a área de melhoria. Eles fornecem uma plataforma importante para que as partes interessadas tenham um diálogo aberto e explorem oportunidades de colaboração para demonstrar aplicações de métricas relatadas em decisões de aquisição e relatórios corporativos.

Saiba mais sobre ESG na Indústria

Veja mais em A TARDE ESG