A TARDE PLAY
Etarismo nas universidades é tema da nova reportagem do A TARDE Play
A limitação do acesso ao conhecimento se forma quando um limite etário é imposto através do preconceito
Por A TARDE Play
Cursar o ensino superior pode contribuir para a ampliação dos conhecimentos, a estabilidade financeira e a ascensão social de um indivíduo, mas um preconceito, por vezes mascarado de opinião, pode impedir que esse objetivo seja conquistado. Na reportagem desta quarta-feira, 04, o A TARDE Play traz à tona uma reflexão sobre o etarismo nas universidades e os obstáculos que estudantes com mais de 40 anos de idade enfrentam no dia-a-dia para lidar com a discriminação durante a graduação.
Uma das dificuldades encontradas por esses estudantes é a adaptação com as ferramentas do mundo digital e a falta de paciência dos colegas mais jovens para engajá-los nas equipes de trabalhos acadêmicos.
“Há um pouco de estranhamento, esse perfil de estudante estranha a dinâmica do ambiente, pois agora nós temos sistemas virtuais e portais digitais” relata Mayara Guimarães, Psicopedagoga do Centro Universitário UNIFTC, complementando que, “esse lado da discriminação é muito evidente, pois os mais jovens mandam o colega calar a boca, não fazer perguntas e outras coisas bastante agressivas”.
Maria Eduarda Guimarães, estudante de Pedagogia, destaca que o etarismo é algo muito sutil e às vezes imperceptível, fazendo com que se torne ainda mais complicado o combate a essa discriminação. Essa reflexão é reforçada por Cláudia Maria Sampaio, estudante de Psicologia, ao falar que: “Às vezes nós precisamos de ajuda e essa ajuda é feita por vezes de uma forma tranquila, por outras com risinhos e comportamentos que nos inibem e nos deixam desconfortáveis”.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados no 2º trimestre de 2023, 8,6 milhões de pessoas estão desempregadas no Brasil. Para fugir desse cenário a universidade tem sido alternativa para as pessoas com mais de 40 anos de idade, o que reflete o crescimento de estudantes nessa faixa etária nos últimos 10 anos, chegando a cerca de 1,2 milhões em todo o país, de acordo com dados do Ministério da Educação (MEC).
Para Jackeline Kruschewsky, Coordenadora do curso de Psicologia da UNIFTC, esse aumento também é motivado pelas possibilidades de aquisição de novos aprendizados e vivências que contribuem com uma sociedade melhor.
A reportagem conversou também com integrantes da docência e discência da Universidade Estadual da Bahia (UNEB), que, além de falarem sobre os objetivos a longo prazo na carreira escolhida, apontaram diversas outras adversidades e relatos dentro do ambiente acadêmico que contribuem para a perpetuação do etarismo.
Assista a reportagem completa:
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