A TARDE PLAY
Riqueza de gerações: conheça as histórias da Feira de São Joaquim
Ao longo de 6 décadas, e muitas transformações, a tradição empreendedora dos feirantes se mantém
Por Howfenns Cavalcante
Quando pensamos na Feira de São Joaquim, vamos além da simples compreensão de um comércio tradicional de rua. A maior feira da Bahia é também um cartão postal de Salvador. Além de protagonista de filmes e livros, ganha-pão de baianos e baianas que acordam cedo para ir à luta, a feira também é identidade cultural, lifestyle, turismo de experiência, geração de emprego, renda e possibilidades para o futuro.
Para conhecer como os pequenos negócios fazem a diferença na sua realidade local e impactam no dia a dia de toda a sociedade, o A TARDE Play conversou com alguns personagens que dão vida à feira, além do historiador Rafael Dantas e de José Carlos Oliveira, Diretor da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE-BA). Você pode conferir este conteúdo, na íntegra, acessando o canal do A TARDE Play no Youtube.
A artesã Dione Andrade fala da sua relação com o comércio de rua e apresenta o caráter hereditário que ainda segue vivo ao longo dos corredores de São Joaquim: "Eu nasci e fui criada aqui na Feira de São Joaquim. Minha mãe já era da feira velha, a antiga Feira de Água de Meninos, e eu nasci na feira. Aqui a gente estudava e ia para a escola. Então, eu fui crescendo, me desenvolvendo, e hoje eu tenho o meu negócio aqui na feira."
Construída por homens, mulheres e famílias inteiras, em 2024 esta jovem senhora vai completar 60 anos desde que precisou migrar da região de Água de Meninos, em decorrência de um trágico incêndio que forçou o seu deslocamento. Testemunha das transformações do mundo, a feira se desenvolveu junto com a capital baiana e, ao mesmo tempo que ainda preserva a essência do comércio de rua, tem buscado se conectar com uma sociedade cada vez mais digital e formalizar as atividades daqueles que trabalham nela.
Segundo o diretor da SDE-BA, José Carlos Oliveira, “historicamente, os empreendedores das feiras são oriundos das classes populares, e uma marca do nosso Brasil é a invisibilidade desses grupos sociais que empreendem sem a chamada educação formal”.
O historiador Rafael Dantas afirma que "foi o pequeno comerciante, o feirante, as vendedoras e quituteiras que movimentaram a economia de Salvador por muito tempo. Foram eles que movimentaram os mares e os caminhos do sertão." Para o pesquisador, "Salvador se desenvolveu ao longo do tempo por conta do comércio. Salvador é uma grande feira, o porto é uma grande feira". Rafael ainda declara que “na feira você tem um traço da particularidade de cada lugar da Bahia que se encontra em São Joaquim, e isso é uma representação muito forte da nossa cultura e da nossa identidade”.
E aí, ficou interessado? Acesse o canal do A TARDE Play no Youtube e fique por dentro de todas as nossas produções.
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