MÚSICA
Segundo dia do Festival de Morro de SP agita público com vários ritmos
Batifun, Adelmo Casé e Jau foram as atrações da noite
Por Matheus Calmon
"Diga, espelho meu, se há na avenida alguém mais feliz que eu". A mensagem da clássica "É Hoje" deu o start no segundo dia do Festival de Morro de São Paulo nesta sexta-feira, 16.
Do palco 360º montado na segunda praia, Júnior, Timbó e todo grupo Batifun fizeram o público sambar na areia ao som de clássicos e inéditas. Após o show, eles conversaram com o Portal A Tarde e avaliaram a troca de energia com o público.
Marcelo lembra que, apesar de estreantes no Festival, o grupo já se apresentou em Morro em outras ocasiões.
"Morro, se não é o número um pra mim, é top três do melhor destino litoral do Brasil, Morro de São Paulo é incrível, energia maravilhosa e participar desse Festival com tanto artista de qualidade, tão bem produzido, tão bem feito, é um motivo de muita honra pra gente. A gente adorou e esperamos estar nas outras edições do festival, se Deus quiser".
Junior, por sua vez, pontuou que a história do grupo tem diversos capítulos na região. "É sempre muito bom também poder trazer a nossa sonoridade. Nós fizemos 26 anos de história, de trabalho, e você trazer aqui para o público, que às vezes não é da Bahia, para o pessoal do mundo todo que vem para cá, a gente poder trazer, conhecer nossas músicas autorais, nosso estilo, nossas releituras, é sempre muito bom contar com essa energia da galera".
Alta no turismo
No espaço entre as apresentações, o prefeito de Cairu, Hildecio Meireles contou que o Festival encerra um ciclo de festas de verão, que integra desde o réveillon, passando por eventos como as festas de Reis, São Sebastião, Garapuá, São Sebastião e, mais recente, na última semana, o carnaval da Gamboa.
"Nós temos dados concretos aqui do Morro de São Paulo que entre 26 e 31 de dezembro, nós tivemos um acréscimo de 17% em relação ao mesmo período do ano passado. E foi assim o mês de janeiro todo, até esse momento, de fato, foi um dos melhores verões aqui do município, aqui do arquipélago", contou ele, que seguiu.
"A gente percebe isso também na alegria das pessoas, dos trabalhadores, todo mundo ganha o seu dinheiro, muitas famílias que sobrevivem desse segmento turístico, e por isso mesmo nós temos voltado muito a nossa atenção para fortalecer o segmento turístico, que é bom para nós, é bom para o arquipélago, é bom para a Bahia, e é bom para todo mundo".
Segunda atração a subir no palco, Adelmo Casé com a Negra Cor levou diversos ritmos para agradar os diferentes públicos. Ao fim da apresentação ele contou que tem relação carinhosa com a região.
"Aqui é adrenalina, é emoção o tempo inteiro, porque eu me considero da casa. Quando eu venho pra Morro, que eu fico sabendo que vai ter show em Morro, eu já paro pra fazer o repertório com o maior cuidado. Eu conheço as tribos que frequentam aqui, a galera do reggae, a galera que gosta de música da Bahia, a galera que gosta de música pop. Então eu trago esse caldeirão pra cá, dentro do repertório da Negra Cor, acaba funcionando e a galera fica feliz".
Ele frisa que a realização de eventos culturais como o Festival tem sempre resultado positivo por oportunizar benefícios a muita gente.
"Muita gente trabalhando, vai ganhar uma graninha extra, as pousadas e hotéis felizes com as lotações, toda a galera de som, de equipe de iluminação, de palco, seguranças, todo mundo trabalha, todo mundo se diverte também um pouco, isso é muito importante para a economia do lugar, para qualquer lugar. A cultura é um grande polo de geração de emprego, geração de oportunidades. E isso é muito importante também frisar, a gente está ali na festa, mas não sabe o quanto a gente trabalha e está feliz com aquele resultado que vai acabar gerando para eles".
Veterano do Festival, Jaú contou, enquanto se preparava para subir ao palco, que estava pensando na troca com o público que já se tornou rotineira em suas apresentações no arquipélago.
"Eu morro de amores por Morro, adoro Morro de São Paulo. É sempre uma relação muito boa, a gente se entende, a gente canta junto, a gente vibra junto, a gente é feliz junto, a gente celebra, aplaude e às vezes até chora. Então, Morro de São Paulo é emoção, é beleza, é um paraíso", disse o artista.
Jau lembra que foi um dos primeiros artistas a se apresentar na região.
"A gente fez aqui há muitos anos atrás o trator elétrico. Só existia um trator aqui. Não tinha rua nenhuma, não tinha nada. Então a gente trouxe uma escuna elétrica, veio tocando até aqui, chegou aqui, todo mundo atrás do trator, o trator com duas caixinhas de som. E essa é uma das histórias inusitadas que eu tenho com o Morro de São Paulo".
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