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12/08/2024 às 6:00 - há XX semanas | Autor: Miriam Hermes

COTONICULTURA

Algodão baiano tem pesquisa e tecnologia

2ª reportagem da série especial sobre a cultura do algodão na Bahia

Depois de colhido, o algodão é encaminhado para as beneficiadoras, onde as sementes das fibras são separadas, a parte nobre da produção
Depois de colhido, o algodão é encaminhado para as beneficiadoras, onde as sementes das fibras são separadas, a parte nobre da produção -

Responsável por 97,8% das lavouras baianas de algodão, o cotonicultor do cerrado alcança uma agricultura de precisão, utilizando alta tecnologia. Desde a escolha da semente e insumos até a comercialização, as ferramentas, aplicativos e maquinário de ponta dão agilidade ao processo e potencializam a dinâmica agrícola regional.

Depois de colhido, o algodão é encaminhado para as beneficiadoras, onde as sementes das fibras são separadas, a parte nobre da produção. Essa pluma é condicionada em fardos com a identificação da origem, garantindo a rastreabilidade.

Cada fardo deve ter amostras avaliadas em todos aspectos, certificando as qualidades, o que determina o valor de mercado. Esse serviço acontece no Centro de Análises de Fibras da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), com capacidade atual de executar 30 mil diagnósticos diários.

Para atender a demanda crescente, um novo centro está em construção, também em Luís Eduardo Magalhães, anexo ao Complexo da Bahia Farm Show, importante feira anual do agro no oeste baiano. Com previsão de operar na próxima safra com 28 equipamentos HVI (High Volume Instrument), vai possibilitar a realização de 60 mil avaliações/dia.

“Será o maior da América Latina”, afirmou, sem esconder o orgulho, a primeira vice-presidente da associação, Alessandra Zanotto Costa. Terá auditório, instalações administrativas e o Museu do Algodão.

“É uma obra moderna e sustentável e já dispõe de espaço para funcionar com 56 equipamentos HVI”, pontua Alessandra sobre o novo centro, citando que, além dos baianos, também produtores dos estados vizinhos utilizam o serviço. Para ela, toda a dinâmica regional com eventos como a feira de tecnologia e negócios Bahia Farm Show, os dias de campo, seminários e workshops têm influência nos resultados obtidos.

Com esta perspectiva e confirmação de presença dos cotonicultores da Bahia, inclusive na grade de palestrantes, o próximo encontro nacional acontecerá em Fortaleza (CE), em setembro. Organizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o 14º Congresso Brasileiro do Algodão tem por temática central Algodão Brasileiro, construindo história rumo ao protagonismo mundial’, no momento em que o País chegou no alto do ranking dos exportadores da fibra.

Segundo a produtora, além dos recursos tecnológicos, também a preocupação com a sustentabilidade ganha espaço nos debates e ações. “O Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) sintetiza este pensamento, com alcance em 92,38% da área certificada nesta safra”, diz, ressaltando a alta gradual das áreas que adotam o Sistema de Plantio Direto na Palha, dentre outras ações para proteger recursos naturais como a água e solo.

Pesquisa regional

Iniciada na região na década de 1990, um fator relevante na trajetória da fibra é a capacidade de organização dos cotonicultores. Em 1997, eles participaram da criação da Fundação Bahia, instituição sem fins lucrativos focada nas pesquisas científicas sobre as principais culturas do cerrado.

Mantida com a cooperação de órgãos públicos, instituições e empresas, conta com profissionais de diversas áreas, como de melhoramento genético, para chegar a novas variedades produtivas e resistentes. Neste processo, atua em conjunto com a Embrapa Algodão há mais de 20 anos, conforme afirma Murilo Barros Pedrosa, pesquisador da Fundação Bahia. “Dos materiais desenvolvidos, destacam-se os dois últimos lançamentos: BRS 437 B2RF e a BRS 433 FL B2RF de fibras longas” enfatiza Pedrosa.

Ele cita outro projeto em andamento há 10 anos com diversas parcerias, que compara o desempenho dos novos lançamentos com as cultivares já consolidadas. Na safra em curso, foram avaliadas 18 cultivares comerciais, 11 cultivares em fase de pré-lançamento e 8 linhagens experimentais.

“Esse projeto objetiva gerar informações precisas sobre as cultivares disponíveis e fornecer indicações de cultivares a serem plantadas na safra 2024-25”, diz o consultor Eleusio Curvelo Freire, da Cotton Consultoria, uma das parceiras da Fundação Bahia.

Ele acrescenta que pelo menos 12 têm alta produtividade e pelo menos 10 delas, alta resistência genética ao apodrecimento de maçãs, provocado por lagartas. Os resultados obtidos são apresentados regularmente aos produtores por meio relatórios e nos eventos promovidos com esta finalidade.

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