473 ANOS
Salvador é um “porto seguro” e “essa agonia”, diz professor
Além de lecionar história, Carlos Barros é cantor e foi o entrevistado desta terça no Isso É Bahia
Por Lucas Franco
No dia do aniversário de 473 anos de Salvador, o professor de história e cantor, Carlos Barros, foi entrevistado no Isso É Bahia para falar da história da cidade e de seu sentimento por ela. O programa na rádio A TARDE FM (103.9) foi exibido nesta terça-feira, 29.
“Salvador é um porto seguro, e ao mesmo tempo, essa agonia, essa angústia”, foi o que descreveu Carlos sobre a capital baiana, ao final da entrevista. Antes de 1549, já se sabia da região onde a cidade estava localizada, o que, para o professor de história, não diminui a importância da data. “Nos primeiros trinta anos da chegada dos portugueses no Brasil, eles não demonstraram interesse [de se estabelecer na região] porque não havia ideia do que economicamente poderia ser útil para a coroa portuguesa”.
Na opinião de Carlos, dificilmente Salvador voltará a ter o destaque que já teve no cenário mundial, quando era apelidada de “Rainha do Atlântico Sul”. “Essa importância [de Salvador na época em que era capital do Brasil] se deu por conta de uma política econômica, que era a política econômica da colonização, em que ela centralizava os negócios em uma monocultura, que era a cultura do açúcar. E ao monopolizar a cultura do açúcar ela se tornava expoente naquele momento”.
A mudança de capital para o Rio de Janeiro, em 1773, mudou drasticamente o cenário. “Isso gerou uma aplicabilidade e uma eficácia da aplicabilidade do capital no centro sul do Brasil que eu não sei como a gente inverteria essa lógica, porque no capitalismo a gente não consegue a coexistência de forças nesse lugar tão harmônico”. Para Carlos, Salvador hoje é um centro regional, ao lado de Recife e Fortaleza.
Confira a entrevista na íntegra:
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