ARTIGOS
A relevância social das Universidades Estaduais da Bahia
Rowenna Brito destaca a formação dos professores e professoras
Por Rowenna Brito
As quatro Universidades Estaduais da Bahia são patrimônio do nosso povo. Espaços acadêmicos de construção e disseminação de conhecimento que estão presentes nos diversos territórios de identidade, tal capilaridade foi capaz de contribuir para a popularização do Ensino Superior na Bahia.
Como profissional da educação, destaco que no campo da formação dos professores e professoras, o papel das Universidades Estaduais foi preponderante para consolidar o previsto no artigo 62 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que prevê que todos os professores da Educação Básica devem ter curso superior. Foram implementadas estratégias e programas de formação inicial de professores pelas Universidades Estaduais para que Municípios e o próprio Estado atendessem ao previsto na Legislação Brasileira.
A identidade das nossas Universidades com a formação de professores, dada até pela origem de muitas delas, que emergiram das antigas Faculdades de Formação de Professores espalhadas pela Bahia, é emblemática, mas reconheço e destaco que sua ação e alcance vai muito além disso, elas têm um papel de vanguarda na interiorização do Ensino Superior, na Pesquisa e na Extensão. Destaca-se também o pioneirismo no enfrentamento de questões sociais e sempre foram validadoras de políticas estruturantes e reparadoras como por exemplo a Lei sobre cotas raciais.
Pensar em desenvolvimento social, econômico e científico sem reconhecer a contribuição das Universidades e suas respectivas produções acadêmicas é negar a ciência e valorizar o negacionismo, insistente fantasma que sombreia o coletivo social do Brasil.
Para a educação, valorizar as Universidades estaduais é reconhecer o legado histórico de cada uma delas, mas é sobretudo investir nas suas estruturas, na valorização da carreira docente e das equipes técnicas e administrativas e nas políticas de acesso e permanência que evitam o abandono dos estudantes mais fragilizados socialmente, pois nossas universidades são por natureza, impulsionadoras da qualidade de vida e interferem positivamente na melhoria da condição social.
O fato da Bahia ter um Professor–Governador, egresso de escolas públicas e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana, fortalece o compromisso do Governo do Estado da Bahia, e especificamente, da Secretária Estadual da Educação em executar políticas que aprimorem o trabalho das Universidades no nosso Estado, e sim, temos muito a comemorar.
Nesta semana, o Governador do Estado da Bahia, na presença do Fórum dos técnicos das Universidades Estaduais da Bahia, do Fórum das Associações Docentes da Universidades Estaduais da Bahia – Ads, junto com Reitores e Reitoras, sancionou o reajuste salarial para 2025 e 2026 para professores e técnicos universitários que chega a próximo de 14%, além de avanços específicos como progressão da carreira conforme titulação e cursos de aperfeiçoamento e a possibilidade de conversão da licença prêmio em pecúnia (antigo pleito da categoria), destaco ainda que para os servidores analistas foi criado uma tabela específica para o regime de 40 horas.
O conjunto das ações anunciadas tem impacto direto na valorização dos professores e professoras, mais motivação, qualidade de ensino e, consequentemente, mais produção de conhecimento, ciência, cultura e arte.
Por fim, a UNEB, UEFS, UESB e UESC representam para a Bahia e para a Educação Básica a superação de desigualdades construídas historicamente e a perspectiva de uma educação emancipadora, participativa e capaz de prospectar um presente e futuro de mais conhecimento, ciência e valorização do Ser humano.
Por Rowenna Brito
Secretária da Educação do Estado da Bahia
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