ARTIGOS
Editorial - Tempo de doar sangue
Confira editorial do Jornal A TARDE desta segunda-feira
Por Redação
O período é celebrado como “boas festas”, mas a alegria das comemorações vem acompanhada do alerta para repor os estoques de bolsas de sangue, em forma de campanhas e estratégias para mobilizar a população em meio à queda brusca do número de doadores, em média/dia alcançando 160, quando a meta somente para Salvador é a de 250 para fazer frente à projeção da demanda.
O trabalho aumenta para os profissionais “captadores de doação”, em busca de táticas de convencimento para trazer de volta as pessoas à Fundação Hemoba e ao GHS Banco de Sangue: aspectos concernentes ao contexto de época são grandes adversários, como o fato de aumentar o fluxo de viagens a fim de reencontrar familiares e amores, além do maior consumo de bebida alcóolica.
Como agravante, o fiel da balança indica sobrepeso da pressão dos acidentes, pois prudência e moderação são virtudes em falta quando se age por impulsos e ímpetos “festeiros”, restando o sofrimento originário da consciência de angústia da ameaça de lacuna, principalmente dos tipos negativos A e O, desequilibrando a conta, pois as doações alcançam metade das 50 diárias exigidas.
Tratamentos emergenciais contínuos tampouco entram de “folga”, muito menos as necessidades de atendimento dos municípios do interior do estado, em avalanche de solicitações, enquanto os encontros de confraternização vão minando as oportunidades de ao menos se conseguir um empate no placar, fazendo crescer a sombra da dúvida, cada dia revelando uma nova agonia nos hospitais.
A formação moral incompleta de uma população egóica, incentivada a projetos autocentrados, é fator pouco lembrado, no entanto, deve entrar na análise qualitativa do cenário adverso, inspirando o lema “Seu presente pode salvar vidas”, como didática capaz de produzir antídoto para a baixa empatia.
É com esta alça de mira a tentativa de acertar no alvo de colocar-se no lugar do outro, a necessitar da seiva, em procedimento para transfusão, momento admirável de “ser-humano”, quando se consegue salvar um desconhecido.
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