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Gostamos de enganação

"Brasil sucumbiu às mentiras de toda a natureza"

Por José Medrado*

30/10/2024 - 0:30 h
José Medrado, Mestre em família pela Ucsal e fundador da Cidade da Luz
José Medrado, Mestre em família pela Ucsal e fundador da Cidade da Luz -

“É mais fácil enganar as pessoas do que convencê-las de que elas foram enganadas”, este conceito é atribuído ao escritor e humorista estadunidense Mark Twain. Todavia, não há fonte alguma que confie tal autoria, salvo as citações de internet que transforma tudo em verdade, sem qualquer lastro de comprovação. O Brasil passa por este lamentável processo, onde o reducionismo reflexivo tornou, em grande monta, parte da nossa população em seres alimentados pela ilusão, sempre buscando o reforço do que se crê e quer divulgar. A mentira, as tais narrativas efetiva e definitivamente tomam o lugar dos sadios debates de ideias. Dividiram-nos intencionalmente a nossa população, diria até o mundo, haja vista que quanto mais dividido for um povo, mais facilmente ele será manipulado e enganado, muitas vezes na direção da sua própria derrocada, mas o tal canto da sereia tem funcionado, no desenvolvimento da alienação esculpida entre fake news e falácias, que segundo os dicionários de filosofia são um tipo de argumento utilizado com a intenção de parecer correto, porém quem opta por esse recurso geralmente omite algumas informações por trás do das falas, manipulando fatos e ideias para soarem como verdade.

O Brasil sucumbiu às mentiras de toda a natureza: são religiosos mentindo, manipulando, falseando. Políticos? Esses sempre foram de uma cepa estranha de mentiras e enganações, de uma forma geral, mas agora, nesses dias, ficaram totalmente despudorados. Nada importa, salvo o ganhar poder e dinheiro, e, neste contexto, o povo é apenas um detalhe eventual, mas necessário. “Os fins justificam os meios” – a propósito esta frase não consta em momento algum na consagrada obra de Maquiavel, O Príncipe, que fez uma revolução na forma de conduzir e viver política no século XVI. A política deixou de ser pensada com o viés religioso ou mesmo de valores elevados, como honra, justiça...o pragmatismo derrubou a moral, nocauteando-a sem chance de se levantar. Ainda que alguns estudiosos rebatam a leitura que julgam equivocada da obra e a sua intenção, em verdade Maquiavel foi preciso na sua análise crua do mundo político, onde, em verdade, nada é o que aparenta. O que se nota é que no Brasil as fakes news, as ilusões tiveram terreno fértil, como se o povo gostasse mesmo de ser enganado, haja vista que os próprios leitores e estudiosos assíduos da Bíblica, em geral, não se dão conta de que muitos dos pregadores “ungidos” nem disfarçam que de suas bocas não caem mel e sim dissenções e acre. Nada parece que muda, só os atores de um sempre mesmo roteiro. Isso só pode ser masoquismo ou uma espécie de síndrome de Estocolmo - estado psicológico, no qual a vítima demonstra indícios de lealdade e sentimento de gratidão para com seu malfeitor.

*Mestre em família pela Ucsal e fundador da Cidade da Luz

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Tags:

enganação José Medrado

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