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Jorge Bergoglio, cidadão do mundo

Confira o artigo de André Curvello

André Curvello

Por André Curvello

21/04/2025 - 14:53 h
Imagem ilustrativa da imagem Jorge Bergoglio, cidadão do mundo
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No domingo de Páscoa, o Papa Francisco fez sua última aparição pública. Da sacada da Basílica de São Pedro, acenou para uma multidão que o aplaudia comovida. Foi a despedida do pastor diante do seu rebanho.

Na bênção pascal, ressaltou a urgência do respeito, da tolerância, e reiterou sua angústia diante da sede de matar e das guerras. Francisco morreu inquieto com os conflitos que assolam o mundo, sobretudo os que envolvem Israel, Palestina, Rússia e Ucrânia. Tive a oportunidade de ler o livro "Vida. A minha história através da história", em que ele narra, com a delicadeza dos que escutam antes de falar, um pouco de sua travessia entre nós.

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Ao longo da vida, deixou impressas marcas raras: um homem que escolheu servir aos que têm fome, aos que sofrem com a pobreza, aos que lutam contra a injustiça.

Foi um papa que incomodou a muitos — e é assim que se mede a grandeza de certos gestos. Incomodou por seus posicionamentos progressistas, por sua defesa incondicional ao pensamento livre, pelo afeto aos que caminham à margem.

Crítico do autoritarismo, pregou a paz com a fé dos que não desistem. Sonhou com o amor como instrumento de transformação. Sempre esteve ao lado da justiça social, da família e dos pobres.

Argentino e apaixonado por futebol, era, antes de tudo, humano. E com sua humildade, conquistou o mundo. Não buscou poder, não ambicionou cargos: eles o encontraram.

Lembro que meu pai vibrou com a visita do então papa João Paulo II à Bahia, em 1980. Era próximo do ex-arcebispo primaz do Brasil, o cardeal Dom Avelar Brandão Vilela, a quem ajudou como pôde na organização da passagem do papa pela capital baiana. Vibrou com o evento que parou a cidade.

Confesso que nunca tive grande fascínio por papas ou pelos bastidores do Vaticano. Carrego uma visão crítica, que não serve de referência para nada — até porque parto sempre do princípio de que nada sei.

Mas com Francisco foi diferente. Seus gestos, seus silêncios, sua coragem e simplicidade... Acho que ele ensinou muito à Igreja. Um ser humano que encarnou, como poucos, o papel de agente da transformação que o mundo tanto necessita.

Que as ideias de Jorge Mario Bergoglio permaneçam vivas — e fecundas — no coração de todas e todos.

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