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Quem não se comunica se trumbica!

Vídeos curtos e lúdicos quebram a burocracia do serviço público e combatem o "ruído"

Inaldo da Paixão Santos Araújo e José Ricardo Moreira Dias*

Por Inaldo da Paixão Santos Araújo e José Ricardo Moreira Dias*

25/11/2025 - 7:56 h
TCU inova na forma de se comunicar
TCU inova na forma de se comunicar -

Mais do que louvável é a iniciativa do Tribunal de Contas da União (TCU) ao divulgar, em suas redes sociais, um vídeo breve em que o formalismo das instituições públicas dá lugar à informalidade das informações, possibilitando um tipo de comunicação que alcança a sociedade com muita transparência em todas as suas camadas sociais.

“Quem não se comunica se trumbica” – já dizia o velho Chacrinha, com a buzina na mão e uma sabedoria que caberia direitinho nos corredores de qualquer repartição pública brasileira. No serviço público, onde cada vírgula de um processo pode virar um tratado, a comunicação é o fio que separa a transparência da simples publicidade, a parceria do conflito, o esclarecimento da desinformação.

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O problema é que, muitas vezes, falamos como se estivéssemos escrevendo para iniciados. Textos complexos, jargões técnicos, relatórios enigmáticos. O resultado? Falta de uma linguagem simples, como, por exemplo, prevê a Lei Cearense 18.246/2022, e muito ruído.

E o ruído, sabemos, é o inimigo da confiança: gera interpretações equivocadas, insegurança jurídica, cria frustração e ainda reforça aquela velha impressão de que o serviço público é um labirinto sem saída – a grande casa da burocracia.

No caso dos órgãos de controle externo, como os Tribunais de Contas, a missão vai além de fiscalizar: é educar, orientar, aproximar-se da sociedade. Mas de que adianta ser guardião do bom uso do dinheiro público se o cidadão comum não entende o que está sendo dito? De nada vale o fiscal apontar o erro se o fiscalizado não compreende o que precisa mudar. Comunicar bem não é perfumaria; é uma ferramenta de trabalho.

Sem ela, até o mais nobre dos papéis institucionais fica escondido atrás de relatórios empoeirados, ou melhor, atrás de arquivos digitais arquivados e raramente acessados.

Em tempos de informação instantânea, quem não explica bem, complica. E, no serviço público, complicar é se “trumbicar”–e levar junto a credibilidade da instituição.

Esse vídeo do TCU busca justamente derrubar as barreiras do ruído e da incompreensão. E sem cerimônia: aplaudimos essa nova era da comunicação – clara, direta e em linguagem simples.

Vídeos interativos, lúdicos e rápidos têm uma importância fundamental para o momento atual. Ao mesmo tempo que sua dinâmica distrai, informa a sociedade sem deixá-los enfadonhos. Se ainda vierem temperados com doses do nosso jeito brasileiro de ser, melhor ainda.

Agora, se for o humor cearense com o gingado baiano – aí, caros leitores, é a comunicação que anima como uma boa e moderada dose da cachaça maranguapense, da terra de Chico Anysio, ou dos melhores alambiques da terra de Ruy Barbosa.

*Inaldo da Paixão Santos Araújo Mestre em Contabilidade, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA)

*José Ricardo Moreira Dias: Mestre em Economia do Setor Público, técnico de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Ceará

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