A TARDE BAIRROS
VLT e Moradia Social prometem transformar mobilidade e cotidiano da Cidade Baixa
Investimento total do VLT é de R$ 5 bilhões

Por Priscila Dórea

Histórica, cheia de personalidade… E se renovando. A Cidade Baixa não para. E as grandes expectativas da região nos últimos tempos têm se concentrado na chegada do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), que promete trazer inúmeras melhorias para a mobilidade da região.
Com aproximadamente 40 km de extensão, 40 paradas, previsão de atender 100 mil pessoas por dia e um investimento total estimado em R$5 bilhões, o VLT soteropolitano tem como um de seus principais diferenciais a adaptação de alguns vagões: para atender melhor clientes como as marisqueiras e pescadores do Subúrbio de Salvador, alguns vagões serão adequados para que eles possam transportar seus produtos de forma adequada e segura.
Coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e executado pela Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), o VLT é mais do que um novo modal de transporte.
“É um projeto de transformação social e urbana. Estamos falando de mobilidade com qualidade, conforto e eficiência, mas também de inclusão e respeito às comunidades do Subúrbio, que serão diretamente beneficiadas. É um marco histórico para Salvador e para toda a Região Metropolitana, que passa a se conectar de forma moderna, sustentável e humana”, destaca a titular da Sedur, Jusmari Oliveira.
Até novembro, está prevista a chegada de um total de 27,5 mil metros de trilhos, que corresponde a 67% do total de material necessário para o trecho entre a rotatória do Hospital do Subúrbio e Águas Claras.
Programa de habitação
Já no Comércio, através do Programa de Habitação para o Centro Histórico de Salvador, a Prefeitura de Salvador, por meio da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), irá mudar completamente a dinâmica social da Cidade Baixa.
Com o objetivo de atender uma demanda antiga por moradia e, ao mesmo tempo, recuperar imóveis abandonados e em estado de extrema precariedade na região, quatro áreas estão sendo consideradas: entre a Igreja do Corpo Santo e o Plano Inclinado Gonçalves; entre o Plano Inclinado Gonçalves e a Associação Comercial da Bahia; entre o Plano Inclinado Pilar e a Praça Irmãos Pereira (Rua Manoel Vitorino).
Inicialmente, no entanto, o programa atenderá especificamente as áreas do Plano Inclinado Pilar (para habitações de interesse social que atenderá exclusivamente famílias que já moram no Centro Histórico) e a do Corpo Santo (a chamada habitação de Mercado Popular que atenderá o público que atua na área cultural e funcionários públicos) - a estimativa é reformar 25 imóveis, que irão dispor de 400 unidades habitacionais.
“Trata-se de um dos mais importantes projetos de habitação implantados em Salvador. São imóveis vazios ou em ruínas que não cumprem a sua função social. A maioria é de arquitetura colonial portuguesa, e são a história e a cultura dessa cidade, e precisam ser preservados”, afirma a presidente da FMLF, Tânia Scofield.
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