IBGC
1º Seminário Nordeste do IBGC debate transição energética
O seminário contou com organização conjunta das regionais nordestinas do IBGC
Por Da Rádio
O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) promoveu em Recife a primeira edição do Seminário Nordeste, que analisou o potencial e os impactos da região no contexto socioeconômico nacional, além de debater a governança corporativa para o contexto local. O evento foi realizado na última quinta-feira, 15 de junho. Em 2024, será em Fortaleza.
Abordando o tema “Perspectivas para o Nordeste – o Papel da Governança Corporativa", o seminário contou com organização conjunta das regionais nordestinas do IBGC e foi conduzido pelos coordenadores do instituto em Pernambuco (Carolina Queiroz), Ceará (Ênio Arêa Leão) e Bahia (Albérico Mascarenhas). As palestras, distribuídas em distintos painéis, apresentaram os principais desafios de governança da região, por meio de casos reais e tendências de mercado.
O primeiro painel, moderado pela coordenadora do IBGC na Bahia, Roberta Föppel, abordou caminhos para potencializar o papel do Nordeste no contexto da transição energética, que tem afetado todo o mundo. A discussão partiu da experiência da Atiaia Renováveis e sua jornada de governança, contadas pelo seu diretor presidente, Rodrigo Assunção, que destacou o potencial do Brasil quanto à utilização de fontes renováveis para a geração de energia elétrica. Em 2020, 82,9% da eletricidade utilizada no País era proveniente de energias renováveis, ante apenas 28,6% da média global (Fonte: EPE).
Em seguida, Daniela Manole, presidente da Bridge3 Governança & ESG e vice-coordenadora da Comissão de Sustentabilidade do IBGC, apresentou um conjunto de boas práticas para a implantação de uma agenda de governança ambiental, social e corporativa nas organizações. Ela enfatizou que a estratégia ESG precisa estar inserida no processo de tomada de decisão e que os desafios sociais e ambientais devem ser transformados em oportunidades de negócio.
Governança no agronegócio
O segundo painel, moderado pelo diretor-geral do IBGC, Pedro Melo, discutiu a importância da governança para a expansão de empresas do agronegócio. Giovana Araújo, sócia-líder de Agronegócio da KPMG, apresentou as principais práticas e percepções aplicadas por empresas do setor, com base em pesquisa realizada em conjunto pela KPMG e o IBGC, que indica: apesar de a governança ser conhecida e valorizada pelos produtores rurais, ainda faltam recomendações adequadas para a realidade do agronegócio. Temas como sucessão, gestão de riscos e controles internos ainda são pouco abordados e priorizados no agro.
Inovação
O potencial nordestino no ecossistema de inovação foi tratado no painel dedicado à governança corporativa em startups e scale-ups. A presidente do conselho de administração do IBGC, Gabriela Baumgart, moderou a discussão entre Haim Messel, cofundador e diretor da Traxis Capital e membro da Comissão de Startups do IBGC, Ana Lucia Bastos e Jacédna Andrade, cofundadoras e sócias da Speedmais.
Empresas familiares
O 1º Seminário Nordeste do IBGC foi concluído com apresentação do professor do MIT Sloan School of Management e fundador e presidente do Cambridge Family Enterprise Group, John A. Davis, que atribuiu a longevidade das empresas familiares de sucesso à combinação de dois fatores: foco na excelência operacional e na geração de valor. Esta última, frisou, viabiliza-se apenas com adoção da “perspectiva de dono”, responsável por direcionar o processo de tomada de decisão em cinco grandes frentes: visão estratégica, investimentos, pessoas, cultura e governança.
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