ATARDE AGRO
Supermercados, elo fundamental do agro: R$ 1 trilhão
Confira a coluna A TARDE Agro
Por José Luiz Tejon*
Recentemente estive em um evento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), em um Smart Market onde se estuda muito o movimento da gestão dos supermercados brasileiros e que significam o grande elo do sistema do agronegócio do Brasil, conversei com Márcio Milan, vice-presidente de assuntos institucionais, administrativos e financeiros da Abras.
Ele me disse: “No ranking da Abras, o crescimento do setor supermercadista, em todos os canais, saiu de R$ 695 bilhões e foi para R$ 763 bilhões.
Acho que isso mostra o quanto o setor é pujante e o quanto está crescendo e evoluindo. Nós trouxemos também e agregamos ao ranking da Abras os supermercados pequenos, as microempresas e, quando somamos todo esse faturamento e todas essas empresas, o total alcançou R$ 1 trilhão. Ou seja, conseguimos trazer essa visão de todo o supermercado, independente da forma como ele está operando, do tamanho, da composição familiar, e isso foi a grande evolução que houve do ano anterior para esse ano”.
Em seguida Milan me falou sobre o Rama, Programa de Rastreabilidade de Alimentos. “Esse assunto tem uma relevância e importância muito grande que é a questão do alimento seguro para o consumidor, e essa é uma responsabilidade do supermercado, garantir o alimento seguro. E para garantir o alimento seguro é preciso olhar as origens, fazer a rastreabilidade, monitorar quais foram os defensivos administrados no processo produtivo e se estão dentro dos limites permitidos pela legislação. O Rama faz isso e uma vez por ano divulgamos as análises que foram feitas nos supermercados, mais de dois mil, o que é bastante representativo. Tudo isso em parceria com a Agência
Nacional de Defesa Sanitária (Anvisa), que nos acompanha nesse trabalho. E verificamos que a cada ano o processo vem melhorando, as conformidades aumentando. É um desafio, principalmente em um país tropical como o nosso, onde há momentos de seca de um lado, chuva do outro, o que é contornado com o uso da tecnologia para poder vencer essas questões”.
Pedi para ele falar sobre os programas antidesperdício e de cunho social, e ele completou: “O Smart Market é um evento de alta performance, então, dentro da performance do supermercado nós temos uma questão que são as perdas.
Nesse evento não só mostramos os números de desperdício como também a parte social que o supermercado vem fazendo, porque grande parte do desperdício que ocorre hoje na cadeia produtiva são produtos que vencem na gôndola. Então, o que fazer para evitar isso e o que fazer para que o consumidor entenda? Um dos trabalhos que se mostrou bastante eficiente foi reduzir o preço dos produtos próximo do vencimento. E dentro dessas perdas tem a quebra, que nós chamamos de operacional, tem os furtos e os erros nossos. Essa soma chega a quase R$ 14 milhões”.
E conclui: “Nós temos, também, um programa de doação de alimentos para populações carentes. No ano passado nós doamos 118 mil toneladas de alimentos, o que representou R$ 3,8 bilhões”.
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