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Audi Q3: À espera de um novo tempo

Por Marco Antônio Jr. | A TARDE SP

Com uma nova geração na Europa, cujas vendas começam este mês, o Audi Q3 está longe de ser um produto em baixa por aqui. É o SUV mais vendido do mercado dos compactos premium. Ostenta o prestígio da marca em uma ampla faixa de preços, dos R$ 155,9 mil (Attraction 1.4 TFSi) aos R$ 344,9 mil (RS 2.5 TFSi), e tem conjunto mecânico adequado a sua proposta com destaque para a ótima dirigibilidade.
Dirigir o Q3 é experimentar relações bem diretas e máximo aproveitamento do motor, o 1.4 TSi flex de 150 cv e 25,5 kgfm de torque com transmissão de dupla embreagem de seis marchas Stronic, no caso da versão avaliada, a Black Edition. O conjunto equilibrado conta ainda com o Audi Drive Select, que oferece quatro modos de condução: Efficiency, Comfort, Auto e Dynamic, além de um modo Sport, que amplia a capacidade de aceleração e retomada, útil em estradas onde o Q3 alcança 204 km/h de velocidade máxima.
A bordo
O desenho pouco mudou nos sete anos de vida do Q3, e por isso ele é feito para quem quer um veículo familiar e compacto e não faz questão de um visual arrojado. Na versão Black Edition, isso é amenizado, já que o acabamento em preto presente na capa dos retrovisores, grade, frisos e roda exclusiva o tornam mais jovial por conta do conjunto S Line.
Por dentro, teto com tecido de revestimento em preto, volante esportivo abaulado, teto solar Open Sky, acabamento em alumínio e som Bose surround completam o pacote. É bom, mas se distancia em R$ 17 mil da versão Ambiente, na qual é baseado. A sensação de estar a bordo do Q3 é de boa posição para guiar, conforto acústico, dinâmica acima da média e qualidade no acabamento. O sistema multimídia, que inclui o Audi Music Interface com conexão Bluetooth, é simples e intuitivo.

Mesmo com a boa posição, o Q3 cativa motorista e o passageiro que viaja à frente, mas o espaço é item que falta para quem está atrás, com seus 2,60 m de entre-eixos. O porta-malas é adequado com seus 460 litros de capacidade.
Certamente, mesmo à espera de uma nova geração, o Audi Q3 tem maturidade e um acerto dinâmico ainda invejáveis. Fica devendo um espaço interno melhor e o preço é um pouco salgado tendo em vista a oferta de equipamentos.
Vem aí
No Salão do Automóvel de São Paulo, que termina no próximo domingo, 18, a Audi sequer trouxe o Q3 por dois motivos: a nova geração mal surgiu na Europa e ainda não há previsão de curto prazo para sua estreia aqui. Mas ele não demora.
O novo Q3 é feito sobre a plataforma modular MQB, terá 9,7 cm de comprimento, será 2,5 cm mais largo e 5 cm mais baixo do que a atual versão. O estilo musculoso é inspirado nos modelos maiores como o Q8 exibido no Salão, que tem ampla grade octogonal e linhas que destacam a carroceria, mas sem exageros.
São basicamente cinco versões, com motor 1.5 litro de 150 cv, 2.0 litros de 190 cv e diesel 2.0 de 150 cv ou 190 cv. Com uma injeção de ânimo, acabamento mais caprichado e troca do sistema de entretenimento para uma tela de 8,8" ou 10,1", voltada para o motorista, o novo Q3 é um passo à frente rumo a uma esperada atualização. Como o Audi Q3 já está no modelo 2019, a novidade que chegou à Europa vai estrear a linha seguinte provavelmente com corpo e alma renovados para os brasileiros.

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